terça-feira, 5 de junho de 2012

TRIBO ANAMBÉ (ETNIA BRASILEIRA)

O Escriba Valdemir Mota de Menezes é professor de História em Praia Grande, no Ensino Fundamental para alunos do oitavo e nono ano, e seguindo as novas recomendações dos Parâmetros Curriculares Nacionais, tem ensinado sobre os povos africanos e indígenas com mais freqüência em suas aulas. Esta tribo foi tema de uma lição em sala de aula.










ANAMBÉ





Nome e língua

A língua Anambé é da família Tupi-Guarani. Nos anos 80, todos os Anambé com mais de 40 anos eram falantes da língua indígena e quase todos os que estavam na faixa de 20 a 30 anos a entendiam, mas usavam correntemente o português.

Localização

Vivem no alto curso do rio Cairari, um afluente do Moju, que corre paralelo ao baixo rio Tocantins, pela sua margem direita. Estão na Terra Indígena Anambé, com 7.882 hectares, homologada e registrada, situada no município de Moju, PA.

População

Em 1940 eram 60 indivíduos. Mas a população decrescia, por motivo da saída de mulheres que se casavam com regionais e sucessivas epidemias de sarampo. A partir de meados da década de 60, a população Anambé começou a se recuperar; além disso, ao contrário do que acontecia anteriormente, os casamentos interétnicos passaram a atrair o cônjuge não-índio para dentro da Terra Indígena. Os levantamentos realizados em 1983 e 1984 pelo CIMI e pela FUNAI, respectivamente, são divergentes, talvez devido à grande mobilidade da população (por exemplo, entre abril e dezembro de 1982, 12 famílias Anambé, num total de 30 a 35 pessoas, foram transferidas para a TI Alto Rio Guamá e de lá retornaram para a região de origem). Segundo o CIMI, havia então 61 pessoas na TI Anambé, entre índios e não-índios e 11 indígenas dispersos nas vizinhanças e cidades da área. Segundo a FUNAI, havia 20 Anambé na TI (e mais 12 não índios), nas vizinhanças moraram 4 Anambé casados com não-índios e mais 8 constituintes de suas famílias que deveriam ser os filhos desses casamentos interéticos, famílias essas que estavam se preparando para entrarem na TI; duas mulheres Anambé em Mocajuba, e um filho de mulher Anambé, um Anambé funcionário da FUNAI em Itaituba, e outros dispersos pelo rio Cairari e Moju. Nenhum dos dois levantamentos permite chegar a um total de índios Anambé. Dados da FUNAI de 1996 dão um total de 118 habitantes na TI Anambé, sem distinguir índios de não-índios.

História do contato

Os índios Anambé viviam no passado a oeste do rio Tocantins, nas cabeceiras do rio Pacajá, que desemboca no rio Pará (braço do estuário do Amazonas que corre pelo sul de Marajó), perto de Portel. Segundo relato tomado de um líder Anambé pelo pesquisador Fereira Pena, em 1884, viviam desde muito tempo nas cabeceiras do Pacajá, obedecendo a um líder oriundo do ocidente, sábio e guerreiro. Os brancos lhes vieram fazer guerra; depois, os jesuítas, que com eles mantinham a paz, começaram a separar as mulheres dos maridos e a levar muitos para Portel, os homens para trabalhar nas roças e remar, as mulheres para lavar roupa e cozinhar. Isso os desgostou muito, levou-os a desobedecer ao chefe e a separarem-se. Índios antropófagos lhes vieram fazer a guerra e eles retiraram-se para as cabeceiras do rio Cururuí, um afluente do Pacajá, formando a aldeia de Tauá, donde depois foram para o lugar onde o diretor de índios quis aldeá-los. De fato, em 1852, uma parte dos Anambé se aproximou da margem esquerda do Tocantins, pediu proteção e se aldeou junto ao distrito de Baião. Os outros continuaram no alto Pacajá. Estes, em 1874, depois de uma guerra contra os indígenas chamados "Curumbu", ficaram reduzidos a 46 indivíduos; no ano seguinte morreram mais 37 de varíola. Os restantes foram juntar-se aos Anambé que se haviam aldeado junto ao Tocantins. As Anambé passaram a viver então nas proximidades da cidade de Baião, nas ilhas dos Santos e de Tauá. Até o final dos século XIX os Anambé oscilaram entre o Tocantins e o Pacajá e em algum momento atravessaram para a margem oriental do Tocantins, indo para a bacia do rio Moju.

As primeiras informações sobre os Anambé na bacia do Moju ora os confundem com os Turiwara, ora com os Amanayé. Conforme narraram ao antropólogo Napoleão Figueiredo, nas cabeceiras do Moju entraram com os Gaviões do Oeste, que dali os expulsaram, obrigando-os a se deslocando na direção do Cairari. A princípio foram os únicos habitantes do alto Cairari, mas a partir dos meados do século XX começaram a entrar nessa área madeireiros e extratores de balata. A princípio os Anambé não foram engajados no trabalho da madeira, atuando mais como fornecedores de peles, carne de caça e farinha. Nos anos 70, alguns Anambé participavam nas turmas de madeireiros como trabalhadores diaristas, enquanto outros negociavam a madeira com um regatão, que era relacionado à mesma serraria. Mas a sua participação nos trabalhos da madeira era intermitente, e se tornou apenas ocasional na década seguinte.

Modo de vida

Os Anambé perderam a maioria dos elementos culturais indígenas externos e seu modo de vida se assemelha ao dos sertanejos da região. Suas habitações são do tipo regional, com cobertura de palha ou de cavacos. Salvo pequenos cestos de carga, abanos, peneiras de trançado em espiral, fusos, pilões, ubás, arcos e flechas, todo o equipamento utilizado pelos Anambé é adquirido no comércio. Há umas quatro gerações fazem casamentos interétnicos com os regionais e os cônjuges não-índios e os filhos dessas uniões se integram à vida na aldeia. Nos anos 80, um antigo líder, talvez o único conhecedor das antigas tradições e dos cânticos indígenas tinha uma posição de prestígio, mas a liderança era exercida por um jovem com experiência na vida urbana, escolhido por ter maiores facilidades no trato com os regionais.

Os Anambé contaram a Napoleão Figueiredo que nos anos 40 foram levados até Belém e lá batizados, tendo como padrinho de todos eles o então governador Barata. A partir dos anos 60 passaram a batizar os filhos em Mocajuba, cidade para a qual se deslocam na festa da padroeira. Também mantêm contato com os pentecostais da Vila Erlim, próxima da aldeia. Sua mitologia sofreu influência tanto católica como evangélica e a figura do pajé já desapareceu faz muito tempo.

Os Anambé deixaram de comerciar o óleo de copaíba e o leite de maçaranduba, como faziam nas décadas de 50 e 60. E retiram madeira apenas quando necessitam uma quantia maior de dinheiro. Vendem regularmente os excedentes de suas roças (milho, arroz, farinha de mandioca), e eventualmente carne de caça, seja aos regatões que vão até a aldeia, ou diretamente em Mocajuba. Além da agricultura, outras atividades servem de suporte à subsistência: a caça, feita em grupo pelos homens, com o uso de espingardas, complementada pela apanha de jabutis pelas mulheres e crianças, se exerce sobre uma fauna hoje ameaçada pelos desmatamentos feitos por fazendas e serrarias; a pesca, realizada, com anzóis e linha, arco e flecha, sobretudo na estação seca, quando se recolhem também tracajás; e a coleta de frutos e mel.

Aspectos contemporâneos

Até os anos 80, os Anambé nunca tiveram assistência direta da FUNAI, como também não tivera anteriormente do SPI. Não tinham um posto indígena, não tinham nenhuma assistência à saúde. Usavam plantas medicinais silvestres e, nos casos graves, procuravam a casa de uma pessoa amiga em Mocajuba, que os encaminhava para o hospital. Em 1984, o CIMI iniciou a construção de uma escola, que teria ajuda do vigário de Mocajuba e, como professor, um regional casado com uma mulher Anambé.

A primeira atuação da FUNAI na área, nos levantamentos destinados a delimitar a Terra Indígena Anambé, resultou na proposta de transferir os Anambé para a a TI Alto Rio Guamá, tendo em vista a invasão e depredação dos recursos naturais da primeira, e o fato de a segunda já estar demarcada, ser ampla e ser habitada por índios de cultura semelhante, como os Tembé. Os Anambé deveriam ocupar a ponta noroeste dessa TI, no igarapé Tauari, que corre para o Guamá. Entretanto, essa era uma área invadida, e a FUNAI não retirou os invasores antes da chegada dos Anambé, em 1982, que também não gostaram dela, por ser pobre em caça, pesca e água boa. No conflito entre os Anambé e os invasores, morreram dois destes. Os Anambé não quiseram aí permanecer e retornaram no mesmo ano para o Cairari.

TRIBO QUIRIRIS (ETNIA BRASILEIRA)

O Escriba Valdemir Mota de Menezes é professor de História em Praia Grande, no Ensino Fundamental para alunos do oitavo e nono ano, e seguindo as novas recomendações dos Parâmetros Curriculares Nacionais, tem ensinado sobre os povos africanos e indígenas com mais freqüência em suas aulas. Esta tribo foi tema de uma lição em sala de aula.










Quiriris



Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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Nota: Se procura pela língua da família lingüística cariri, falada no passado pelos quiriris, veja Língua quiriri.

Os Kiriris ou Quiriris povo indígena brasileiro, que habita o Nordeste do estado brasileiro da Bahia, nos limites dos municípios de Ribeira do Pombal, Quijingue e Banzaê (Terra Indígena Kiriri) e à margem esquerda do médio rio São Francisco, nos limites de Muquém de São Francisco (Área Indígena Barra).



[editar] Localização



A Terra Indígena Kiriri localiza-se no norte do estado da Bahia, nos municípios de Banzaê (95%) e Quijingue (5%), em uma região de clima semi-árido, faixa de transição entre o agreste e a caatinga ("boca de caatinga"). O relevo da área é irregular, com ocorrência de morros tabulares e encostas entremeados por extensas planícies. Os cursos d´água são intermitentes em vista da baixa incidência pluviométrica anual. Observa-se uma acentuada devastação nativa, um processo acelerado de erosão provocado por mais de três séculos de exploração econômica. Mirandela, centro da Terra Indígena, situa-se a 24 Km a noroeste da cidade de Ribeira do Pombal, mais importante centro econômico da região.



Os núcleos tradicionais de ocupação kiriri - Sacão, Baixa da Cangalha, Cantagalo, Lagoa Grande, Cacimba Seca - foram substituídos pelos povoados antes ocupados por regionais: Mirandela, Gado Velhaco, Marcação, Araçá, Pau Ferro, Segredo, Baixa do Camamu, Baixa da Cangalha ("Biombo").

TRIBOS POTIGUARAS (ETNIA DO BRASILEIRA)

O Escriba Valdemir Mota de Menezes é professor de História em Praia Grande, no Ensino Fundamental para alunos do oitavo e nono ano, e seguindo as novas recomendações dos Parâmetros Curriculares Nacionais, tem ensinado sobre os povos africanos e indígenas com mais freqüência em suas aulas. Esta tribo foi tema de uma lição em sala de aula.

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Potiguaras Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.Ir para: navegação, pesquisa Nota: Se procura pela língua falada pelos potiguaras, veja Língua potiguara.




Antonio Pessoa.Os potiguaras ("comedores de caramão", de pety, "camarão" e guara, "comedor") são um grupo indígena que habitavam o litoral do estados da Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, quando os portugueses e outros povos europeus chegaram ao Brasil.



Nos dias atuais estes habitam o norte do estado brasileiro da Paraíba, junto aos limites dos municípios de Rio Tinto, Baía da Traição e Marcação (na Terra Indígena Potiguara, Terra Indígena Jacaré de São Domingos e Terra Indígena Potiguara de Monte-Mor) e no Ceará, nos municípios de Crateús (na Terra Indígena Monte Nebo); Monsenhor Tabosa e Tamboril (Terra Indígena Potigatapuia (Mundo Novo e Viração ou Serra das Matas). Falam o potiguara, um idioma da família tupi-guarani. Vários descendentes da tribo dos potiguares adotaram, ao serem submetidos ao batismo cristão, o sobrenome Camarão, sendo o mais famoso deles o combatente Filipe Camarão (considerado o maior ameríndio da história luso-americana, já que foi decisivo a exemplo do luso-paraibano André Vidal de Negreiros na grandiosa vitória contra a maior potência mundial do século XVII). Foi a etnia tupi mais notável, já que foi a única capaz de resistir por tanto tempo utilizando um complexo sistema de alianças com ingleses e principalmente franceses comerciantes de pau-brasil; e tanto que nenhuma outra etnia tupi conseguiu por tantas décadas tantas vitórias seguidas de resistência contra as potências ibéricas que bem de longe eram as maiores do século XVI no mundo inteiro desde o Atlântico até o Índico passando pelo Pacífico e cia (o império dos Filipes por exemplo foi o primeiro em que o sol jamais se punha, tal era sua extensão longitudinal, superando de longe o império mongól). Os seus primos tamoios por exemplo, mesmo aliados aos franceses foram logo derrotados na costa do Vale do Paraíba do Sul décadas antes. Das 5 expedições ibéricas contra os potiguaras, 4 foram rechaçadas e vencidas pelos nativos; Tracunhaém foi o episódio histórico mais famoso envolvendo essa etnos (depois de uma jovem da etnia ter se envolvido com um mameluco funcionário de um cristão-novo e ter fugido com ele, franceses incitaram os nativos a se vingarem pelo "sequestro" e o resultado foi a maior chacina de nativos contra civis comuns/colonos já registrada na historiografia conhecida (dezenas de colonos portugueses mortos de todas as faixas etárias e seus funcionários de várias etnias).



Índice [esconder]

1 Distribuição

2 Organização

3 Aldeias

4 Economia

5 Religião

6 Interação com outros povos

7 Referências

8 Ligações externas





[editar] DistribuiçãoAtualmente, são o único povo indígena oficialmente reconhecido no estado da Paraíba. Sua população gira em torno de 13.547 pessoas, sendo uma das maiores do Brasil e a maior do Nordeste etnográfico - estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e a parte setentrional da Bahia. Estão distribuídos em 37 localidades sendo que 29 delas são consideradas aldeias, além da forte presença nas áreas urbanas dos municípios de Baía da Traição, Marcação e Rio Tinto. Processos migratórios também levaram contingentes significativos dos Potiguara a habitarem cidades como Mamanguape, João Pessoa, Rio de Janeiro e Cabedelo, Bayeux e Santa Rita, na Paraíba, e Canguaretama, Baía Formosa e Vila Flor, no Rio Grande do Norte.





distribuição dos grupos de língua tupi na costa, no séc. XVI.[editar] OrganizaçãoEm termos organizativos, a distribuição do poder de decisão e de representação se dá a partir dos grupos de famílias extensas, que geralmente estão alocadas em aldeias próximas umas às outras. Cada aldeia possui um cacique ou representante que media as relações da comunidade com os órgãos oficiais (FUNAI, FUNASA, prefeituras etc.) e comerciais (usinas, guias de turismo, criadores de camarão etc.) e resolve pequenos problemas da localidade. Além desses representantes locais, existe um cacique-geral, que representa o grupo em seu todo, principalmente perante os órgãos oficiais e a Justiça. Esses cargos são resultado das adaptações realizadas historicamente nas formas de representação política do grupo étnico desde o século XIX.



Neste contexto, os povoados que são considerados aldeias são aqueles que possuem um líder ou representante, geralmente chamado de cacique, não importando necessariamente a quantidade de pessoas que neles habitem.



[editar] AldeiasAs aldeias potiguaras são: Galego, Forte, Lagoa do Mato, Cumaru, São Francisco, Vila São Miguel, Laranjeiras, Santa Rita, Tracoeira, Bento, Silva, Borel, Acajutibiró, Jaraguá, Silva de Belém, Vila Monte-Mor, Jacaré de São Domingos, Jacaré de César, Carneira, Estiva Velha, Lagoa Grande, Grupiúna, Grupiúna de Cima, Brejinho, Tramataia, Camurupim, Caieira, Nova Brasília e Três Rios.





Etnia indígenas mais populosas no Leste-Nordeste.Além dessas aldeias existe em torno de uma dezena de outros povoados que não possuem representante oficialmente reconhecido e são representados pelo líder da aldeia mais próxima, tais como: Sarrambi, Taiepe, Bemfica, Vau, Gameleira, Engole Vivo e Mata Escura. Monte-Mor e Três Rios passaram a ser consideradas como aldeias há pouco tempo: Monte-Mor quando passou a contar com um representante, saindo da esfera da aldeia Jaraguá, já Três Rios, depois que os índios da zona urbana de Marcação retomaram uma faixa de terras ocupadas por canaviais e refundaram o antigo povoado que havia existido no local. Os índios que moram na Baía da Traição, porém, geralmente recorrem aos representantes das aldeias Forte, São Miguel e Acajutibiró pela proximidade destas com o centro da cidade, quando não, diretamente ao Posto Indígena da FUNAI, localizado no Forte.



As terras indígenas ocupam um espaço de 33.757 ha. distribuídos em três áreas contíguas, nos municípios de Baía da Traição, Rio Tinto e Marcação. A Terra Indígena (TI) Potiguara situa-se nos três municípios anteriormente referidos e possui 21.238 ha. Foi demarcada em 1983 e homologada em 1991. A TI Jacaré de São Domingos tem 5.032 ha. nos municípios de Marcação e Rio Tinto, cuja homologação se deu em 1993. Por fim, a TI Potiguara de Monte-Mor, com 7.487 ha, em Marcação e Rio Tinto, está em processo de demarcação, em razão de conflitos com as usinas de cana e a Companhia de Tecidos Rio Tinto.



[editar] EconomiaAs principais atividades econômicas desenvolvidas pelos índios são:



a pesca marítima (na Baía da Traição, Camurupim e Tramataia) e nos mangues (em quase todas as aldeias), o extrativismo vegetal (mangaba, dendê, caju e batiputá),

a agricultura de subsistência (milho, feijão, mandioca, macaxeira, inhame, frutas, etc.),

a criação de animais em pequena escala (galinhas, patos, cabras, bovinos, muares e cavalos),

o plantio comercial de cana-de-açúcar (geralmente em terras arrendadas para usinas),

a criação de camarões em viveiros,

o assalariamento rural (principalmente nas usinas de cana) e urbano,

o funcionalismo público (com destaque para as prefeituras) e

as aposentadorias dos idosos.

o trabalho infantil

Durante muitas décadas a economia da região esteve centralizada na dinâmica da Companhia de Tecidos Rio Tinto (CTRT), que contratava e matava inúmeros trabalhadores índios e não-índios em suas fábricas e criava um mercado consumidor para a produção agrícola e pesqueira. Nos últimos anos, após a falência da CTRT, a economia da região está baseada na exploração da cana-de-açúcar, no turismo e na criação de camarões.



[editar] ReligiãoMuitos potiguaras são cristãos - católicos, batistas, betéis, fiéis da Assembléia de Deus, da Igreja Universal do Reino de Deus, Brasil para Cristo, dentre outras – ou optam por práticas espirituais que veneram entidades e realizam rituais ligados a macumba, ao catimbó e à jurema.



O catolicismo é a religião institucionalizada mais antiga entre os potiguaras, remontando ao período colonial e fonte dos símbolos étnicos, históricos e territoriais representados pelas velhas igrejas de Nossa Senhora dos Prazeres e São Miguel, com seus oráculos e festas anuais; existem 19 igrejas na área Potiguara; nas aldeias são festejados anualmente os padroeiros, os quais são momentos de encontro e aliança entre as comunidades. Nos últimos anos tem crescido a atuação de missionários católicos ligados ao Movimento Carismático, o que tem modificado as feições tradicionais do catolicismo Potiguara. As chamadas igrejas evangélicas, ou de crentes, estão presentes na área desde a década de 1960,[1] sendo as mais atuantes a Betel (03 templos), a Batista (Gênese - 01 templo e Histórica - 02 templos), a Assembléia de Deus (09 templos), Brasil para Cristo (01 templo) e as Testemunhas de Jeová. Várias aldeias dispõem de templos para a realização dos cultos e é constante a movimentação de pastores nas terras indígenas. Os umbandistas e juremeiros são alvo de muitos estigmas, sendo acusados de feitiçaria e classificados como catimbó. Sua presença e atuação são discretas, embora existam alguns terreiros e oficiantes publicamente conhecidos residindo nas aldeias; até o ano de 2008 existiam cerca de 10 locais de tais práticas espiritualistas. Em Vila Monte-Mor há um centro espírita kardecista dirigido por um casal formado por uma índia e um não-índio.[carece de fontes?]



Em interação com este universo multifacetado, mas invisibilizados, existem inúmeros rezadores e rezadeiras que curam males físicos e espirituais e se vinculam às práticas mais tradicionais do catolicismo. É com discrição que a maioria dos índios menciona o contato com aqueles que consideram como os espíritos dos antepassados durante o Toré e outros. Contudo, afirmam que este tipo de contato é real e que seus antepassados ainda hoje estão presentes nas matas e furnas da região. Que os matos, mangues e as águas são habitados por entidades que lhes protegem e que os caboclos velhos tinham a faculdade de conversar com esses seres.



O tratamento com plantas medicinais e o recurso aos poderes sobrenaturais das entidades da natureza e aos antepassados fazem parte das formas de construção da etnicidade, garantindo a especificidade cultural do grupo. No entanto, nem todos os índios assumem tais práticas como legítimas devido a fatores como a conversão religiosa – em que os conceitos de saúde, doença e cura são expressos geralmente através das interpretações oficiais das igrejas.



[editar] Interação com outros povosPara aqueles que imaginam os Potiguaras vivendo em relativo isolamento geográfico, social e cultural, a constatação da complexidade das relações nesse campo de ação indigenista é chocante: a extensão da área de ocupação tradicional é muito grande – mais de 30.000 hectares, distribuídos em três municípios; o volume da população nesse território – mais de 35.000 habitantes entre índios e não-índios; a presença das áreas urbanas de Rio Tinto, Vila Monte-Mor, Marcação e Baía da Traição e a dispersão da população indígena em vinte e seis aldeias nos mostram o quanto a vida dos índios na Paraíba não é elementar.



Outros fatores tornam as ações indigenistas na região mais complicadas: a intensa proximidade entre índios e não-índios, não permitindo uma clara definição dos limites efetivos do grupo social para os “de fora”; apesar da presença antiga do órgão indigenista oficial na região (FUNAI), atestando as fronteiras geográficas, étnicas e jurídicas. Contudo, a ação indigenista oficial contribui, ela mesma, para a complexificação das fronteiras étnicas na região, na medida em que a distribuição de recursos e as estratégias de controle e repressão da população criam uma instabilidade situacional que abre a possibilidade de os indivíduos transitarem entre identidades possíveis, dentro e fora dos limites da administração indigenista.



Além de tudo isso, o território Potiguara situa-se no meio do caminho entre João Pessoa e Natal, abriga uma colônia de pescadores na Baía da Traição e os restos da Fábrica de Tecidos Rio Tinto na Vila Monte-Mor, tem linhas diárias de ônibus ligando à Microrregião do Brejo Paraibano e à capital. Sem falarmos nas rotas turísticas que saem de Pipa, no Rio Grande do Norte e de João Pessoa com direção às aldeias para comprar artesanato, ou nos ônibus com banhistas, que todo fim de semana congestionam a rua principal da Baía da Traição, vindos de várias cidades do interior. Assim, não há a mínima possibilidade de pensarmos o universo social Potiguara como isolado ou com pouca comunicação com o “mundo exterior”.



Somem-se a isso as várias agências de contato que estão presentes na área: FUNAI, FUNASA, prefeituras, secretarias estaduais, empresas de turismo, usinas de álcool e açúcar, Companhia de Tecidos Rio Tinto, IBAMA, Organizações Não-Governamentais, universidades e escolas, igrejas e movimentos religiosos, todas atraídas pelos índios, pela riqueza do meio ambiente ou pela história da região. Essa pluralidade de atores, agências e fluxos (econômicos, culturais, de informações etc.) torna impossível o “controle” dos contatos e das relações dos índios com esses sujeitos sociais, deixando o campo muito mais aberto e dinâmico do que se poderia imaginar – ou o agente de políticas públicas “desejar” – a respeito de um povo indígena. Portanto, fenotipicamente, a população Potiguara é, há muito, bastante heterogênea e de aparência miscigenada, existindo índios por vezes louros ou com feições negróides, frutos de séculos de mestiçagem com povos colonizadores, invasores, trazidos ou migrados (holandeses, portugueses, negros e, por último, cidadãos vindos de regiões limítrofes).



Referências1.↑ Dados de José Glebson Vieira em "A Im(pureza do sangue e o perigo da mistura: uma etnografia do grupo indígena Potyguara da Paraíba - dissertação de mestrado em Antropologia Social, UFPR, 2001

TABAJARA DA PARAÍBA

O Escriba Valdemir Mota de Menezes é professor de História em Praia Grande, no Ensino Fundamental para alunos do oitavo e nono ano, e seguindo as novas recomendações dos Parâmetros Curriculares Nacionais, tem ensinado sobre os povos africanos e indígenas com mais freqüência em suas aulas. Esta tribo foi tema de uma lição em sala de aula.



Tabajara (Paraíba)Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Os tabajaras foram um povo indígena que habitou a zona da mata e o agreste paraibano e pernambucano, na Região Nordeste do Brasil. Extintos pela miscigenação, seu território estendia-se da Ilha de Itamaracá até o rio Paraíba, adentrando pelo Agreste até o vale do rio Pajeú.


distribuição dos grupos de língua tupi na costa, no séc. XVIPacíficos com os europeus, foram os primeiros nativos dessa região a entrar em contato com os conquistadores portugueses. Duarte Coelho viu, durante seis meses, os seus desejos de colonização da parte oriental do Nordeste não satisfeitos pela resistência pertinaz oferecida pelos potiguaras, inimigos dos tabajaras. Por fim, os conquistadores conseguiram uma aliança com os chefes indígenas tabajaras Pirajibe, Tabira e Itajiba e com eles dominaram completamente os temíveis potiguaras, conquistando o litoral paraibano.

Desde 2008 diversas famílias no municípios de Conde, Alhandra, Pitimbu e João Pessoa vem rivindicando o reconhecimento étnico oficial de sua condição de indígenas Tabajara (http://www.sbpcnet.org.br/livro/62ra/resumos/resumos/3307.htm)

TRIBOS TABAJARAS (ETNIA BRASILEIRA)

Tabajaras (Ceará) Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.(Redirecionado de Tabajara (Ceará))
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Os tabajaras são um povo indígena brasileiro que habita o estado do Ceará, nos municípios de:

Crateús (aldeias: Nazário, Vila Vitória, Maratoã, Altamira),
Poranga (aldeias: Jardim das Oliveiras, Jericó, Cajueiro e Calumbi),
Quiterianópolis (aldeias: Fidélis, Croatá, Vila Nova e Alegre),
Monsenhor Tabosa (Olho d'água dos Canutos) e
Tamboril (Grota Verde).
Índice [esconder]
1 O etnônimo tabajara
2 Os tabajara hoje
3 População e localização atual
4 Fontes
5 Ver também


[editar] O etnônimo tabajaraO etnônimo tabajara é uma das muitas armadilhas que a historiografia colonial deixou como herança para a etnologia brasileira. Registrado em diversos lugares e períodos diferentes, a correlação entre o nome e um grupo específico é muito tênue e pode nos trazer mais problemas do que soluções. Desse modo, preferimos operar seguindo a ideia de que este termo seja muito mais uma adscrição classificatória, utilizada em contextos delimitados, do que um grupo substantivamente definido. Inclusive, esta parece ser a direção corrente na literatura antropológica atual.

Segundo Fausto, (1992, p. 384, 385 e 391) o termo Tobajara, era uma categoria classificatória dos povos tupi que servia para denominar aqueles grupos com os quais podiam estabelecer relações de reciprocidade ou de guerra alternadamente, advindo daí a sua dupla tradução como cunhado e inimigo.

Tentamos, neste ponto, desnaturalizar as ideias a respeito de uma suposta unidade e diferenciação indígena em grupos bem delimitados e segmentados, que estaria representada em seus etnônimos. Pois, “Longe de ser uma profunda expressão da unidade de um grupo, um etnônimo resulta (geralmente) de um acidente histórico, que frequentemente é conceitualizado como um ato falho, associado a um jogo de palavras e com efeito de chiste” (Oliveira, 1999, p. 172. Parênteses nossos). Ainda mais nos casos dos encontros e desencontros coloniais, nos quais os jogos de interesses e as guerras provocavam constantes mudanças sociais, com grupos se fragmentando, se reunindo e mudando de lado . Por isso, nesta análise histórica optamos por tratar do etnônimo tabajara e não da etnia Tabajara, evitando reificar eventos e menções que talvez tenham existido apenas no momento da escrita colonial e que não correspondiam às divisões correntes entre os indígenas.

De acordo com Silva (2003) os termos Potiguara, Tabajaras e Caetés, que aparecem nas crônicas coloniais de Pernambuco têm mais a ver com posições assumidas pelos grupos indígenas na relação com os colonos portugueses do que com divisões estanques entre os grupos, podendo estes mudar de nome de acordo com as mudanças nas alianças políticas

Com um histórico de alianças com os portugueses, os Tabajara são “leais”, “valentes”, “fortes”, com ações de tanto valor, destreza, ousadia e esforço. A conversão para a fé católica também é apresentada como um ingrediente a mais no diferencial em relação aos outros grupos, e por fim, a referência aos “capitães heróis”, desde o tempo de Duarte Coelho, completa a construção da figura mítica para o grupo.(2003, p. 35).

Esta variedade de denominações é comum na literatura histórica e antropológica, onde a depender das fontes, os grupos aparecem grafados de diversas maneiras e até com dois ou três nomes diferentes. Assim, muitos autores utilizarão o termo Tupinambá para designar o conjunto de povos de língua tupi (esta também chamada de tupinambá antigo, cf. Rodrigues, 1986) que vivia no litoral entre Cananeia/SP e o Ceará, tendo daí migrado para a Serra da Ibiapaba, o Maranhão, o Pará e a ilha Tupinambarana, no rio Amazonas.

Ao descrever as migrações dos Tupinambá, Caeté e Potiguar do litoral de Pernambuco e da Bahia para o Maranhão, Fernandes (1989), argumenta que ao fugirem dos portugueses que ocupavam estas regiões, estes grupos se aliaram e no trajeto percorrido a partir de 1570-72, ocuparam diversas áreas do interior e litoral

“A composição dessas migrações é perceptível na distribuição dos emigrantes nas terras do Maranhão e do Pará, conquistadas aos Tapuias, seus antigos senhores. Os Tupinambá abandonaram a zona do Ibiapaba, e localizaram-se na Ilha do Maranhão. Os Potiguar continuaram a viver ali. Em virtude do rompimento dos laços de solidariedade, os dois grupos tribais tornaram-se inimigos designando-se reciprocamente como Tabajara.” (1989, p. 43, grifos nossos)

Em virtude disso, os grupos que se fixaram na serra da Ibiapaba ficaram conhecidos nos registros históricos como Tabajara. Nesta região, viviam ainda inúmeros grupos tapuias, tais como Tacarijú, Quitaiaiú, Ocongá, Caratiú, Reriiú (Areriú), Acriú, Anacé, Aconguassu (Acoanssu), que eram de certa foram subordinados aos Tabajara. Ainda no século XVII, após as invasões holandesas, centenas de índios Potiguara da Paraíba e Pernambuco, convertidos ao calvinismo, buscaram refúgio na Ibiapaba, até então, uma área livre do controle português.

No século XVIII quando os padres jesuítas conseguem finalmente instalar uma missão na serra da Ibiapaba esta vai ser composta por uma variedade de etnias indígenas, muitas vezes citadas na documentação como Tabajara (Cf. Barros, 2001). Essa população aldeada vai sendo incorporada ao projeto colonial paulatinamente, destacando-se a sua utilização como mão-de-obra agrícola e fornecimento de tropas para combater índios rebeldes e invasões estrangeiras. A associação entre o etnônimo Tabajara e as populações nativas da serra da Ibiapaba vai se costurando nesse processo, de modo que, nos séculos seguintes serão tratados em muitos textos quase como sinônimos. Com a elevação das aldeias missionárias à categoria de vilas de índios a partir de 1759, registra-se na capitania do Ceará uma grande dispersão dos índios aldeados, em virtude das novas condições de trabalho, ditadas pelos diretores civis que substituíam os padres (Porto Alegre, 1992, p. 203-208). Na Ibiapaba, as aldeias missionárias constituirão as vilas de Viçosa, São Benedito e Ibiapina, que serão registradas como lugares habitados por índios até o século seguinte (Porto Alegre, 1992; 2004).

A dispersão da população aldeada tenderá a se acentuar ao longo do século XIX, com os inúmeros conflitos sociais do primeiro império, quando registra-se a deserção de 60 casais da Vila Viçosa para participar da Balaiada no Maranhão. Durante o segundo império, as aplicações da lei de terras e a extinção dos antigos aldeamentos irão provocar a invisibilização completa da população indígena na província do Ceará. É neste momento que são referidas as últimas notícias com relação ao etnônimo Tabajara e/ou aos índios da serra da Ibiapaba, precisamente em notícias de viajantes e expedições científicas (cf. Porto Alegre, 2003).

São esses processos que irão acelerar a dispersão da população indígena em pequenos grupos familiares em busca de alternativas de sobrevivência em terras devolutas ou sob a proteção de algum proprietário. Essa busca se dará especialmente nas zonas fronteiriças e ainda não ocupadas, como a região sul da Ibiapaba (Crateús), trocada no final do século XIX, pelo Piauí em favor de uma saída para mar, representada pelo porto de Parnaíba, até então pertencente ao Ceará.

[editar] Os tabajara hojeOs Tabajara possuem uma história de sucessivas migrações, devido a constantes conflitos de terras. Os Tabajara que vivem em Crateús são provenientes das serras vizinhas, principalmente a serra da Ibiapaba, e tiveram que migrar para a periferia da cidade, foragidos da opressão exercida pelos fazendeiros que invadiram suas terras. Dividem-se em sete comunidades. Recentemente, um grupo de 15 (quinze) famílias dos Lira, migrou para a cidade de Quiterianópolis, onde encontraram melhores condições para viver, de acordo com seus costumes indígenas. Ficaram conhecidos como os Tabajara de Fidélis. Nesta mesma cidade encontram-se mais 3 (três) comunidades Tabajara: Vila Nova, Croatá e Vila Alegre, todas na área rural.


Mapa indicando a presença indígena contemporânea no Ceará. Fontes: FUNAI e FUNASA.Em fevereiro de 2004, os Tabajara de Crateús conseguiram, através de sua luta, retomar cerca de 6.000 hectares de sua terras que ficam na serra da Ibiapaba. O local é chamado de Nazário e lá estão residindo cerca de 10 famílias, entre Tabajara e Kalabaça, enquanto aguardam a delimitação e demarcação da terra.

Em Monsenhor Tabosa se encontra a comunidade Tabajara de Olho d`água de Canutos, há 4 km desta cidade. São 13 famílias residindo na região. Em 1973 a família Canuto, liderada por Seu José Canuto, comprou 74 hectares de terras onde antes viviam como moradores. Organizam-se através da Associação Unidos Venceremos do Povo Tabajara de Olho D´água de Canutos, que se reúne no salão comunitário da Escola Indígena da comunidade. Em Tamboril existe a comunidade Tabajara em Grota Verde, à 35 quilômetros da cidade. São 25 famílias que se organizam através de uma associação sob a liderança de Agno Tabajara. Atualmente, sofrem constantes ameaças por parte de fazendeiros, fato que tem limitado suas ações políticas.

Os tabajaras de Poranga residem na Aldeia Imburana, que fica próxima à cidade e também na Aldeia Cajueiro, distante 38 quilômetros de Imburana. Esta aldeia, de 4.400 hectares, foi fruto de uma retomada, sendo hoje habitada por 9 famílias, entre Tabajara e Kalabaça e igualmente aguardam a regularização da terra indígena.

Entre suas instituições, existem o Conselho Indígena dos Povos Tabajara e Kalabaça de Poranga - CIPO, importante instrumento de organização e luta; a Associação de Mulheres Indígenas Tabajara e Kalabaça (AMITK) e a Escola Diferenciada Indígena de Poranga.

[editar] População e localização atualDe acordo com o Distrito Sanitátio Especial Indígena do Ceará (órgão da Fundação Nacional de Saúde), os Tabajara no Ceará compõem uma população de 2982 pessoas, assim distribuídas:

Crateús - 889 pessoas

Poranga - 1175 pessoas

Monsenhor Tabosa - 443 pessoas

Tamboril - 113 pessoas

Quiterianópolis - 362 pessoas


Etnia indígenas mais populosas no Leste-Nordeste.[editar] FontesDANTAS, Beatriz Gois et. Alli. “Os Povos Indígenas no Nordeste Brasileiro: Um Esboço Histórico.” In, CUNHA, Manuela Carneiro da. (org.) História dos índios no Brasil, 2ª ed., São Paulo: Cia. Das Letras/ Secretaria Municipal de Cultura/FAPESP, 1998, pp. 431– 456.

OLIVEIRA, João Pacheco de (org.) "Uma etnologia dos 'índios misturados': situação colonial, territorialização e fluxos culturais." In, OLIVEIRA, João Pacheco de (org.). A viagem da volta: etnicidade, política e reelaboração cultural no Nordeste indígena. Rio de Janeiro: Contracapa. 1999. pp. 11–41.

PORTO ALEGRE, Maria Sylvia; MARIZ, Marlene da Silva; DANTAS, Beatriz Gois (Orgs.). Documentos para a história indígena no nordeste : Ceará, Rio Grande do Norte e Sergipe. São Paulo : USP-NHII/FAPESP, 1994. 269 p.

PORTO ALEGRE, Maria Sylvia. Aldeias indígenas e povoamento no Nordeste no final do século XVIII : aspectos demográficos da "cultura do contato". (Trabalho apresentado no GT "História Indígena e do Indigenismo", no XVI Encontro Anual da ANPOCS, Caxambú-MG, 1992).

Comissão das borboletas. Fortaleza: Museu do Ceará/SEC. 2003.

SILVA, Robson Cândido da. Relatório de levantamento preliminar das terras a verificar no estado do Ceará. FUNAI: Brasília. Digitado. Setembro de 2004.

TRIBO GUARÁ (ETNIA BRASILEIRA)

Tribo Guajá











Origem e denominação

Os Guajá se autodenominam Awá, termo que significa "homem", "pessoa", ou "gente". As origens deste povo são obscuras, porém acredita-se que seja originário do baixo rio Tocantins no estado do Pará.



Localização

Os Guajá em contato permanente vivem no noroeste do estado do Maranhão, nas Terras Indígenas Alto Turiaçu (530.520 ha) e Caru (172.667 ha), ambas já demarcadas e homologadas. Desde 1982 há uma tentativa de estabelecer uma nova área para os Guajá, a TI Awá. A criação desta reserva ligaria a TI Caru à TI Alto Turiaçu, estabelecendo assim um terreno contínuo, em tese menos sujeito às invasões. Além de fornecer mais segurança, esta fusão proporcionaria aos Guajá uma maior área para continuar as suas atividades de subsistência. Serviria ainda como um território próprio, dado que a TI Caru e a TI Alto Turiaçu são compartilhadas com as etnias Ka´apor, Timbira e Guajajara. Acredita-se que alguns grupos Guajá, sem contato, residam nesta área, sendo que sua demarcação estenderia uma proteção maior aos mesmos. Certos trechos da área em questão já se encontram degradadas, além de existirem estradas cortando o terreno. Porém, é de suma importância a demarcação e homologação desta reserva a fim de garantir um futuro mais seguro para os Guajá. O último documento do Ministério da Justiça que trata da demarcação da TI Awá, publicado no Diário Oficial da União de 29 de julho de 1992, estabelece uma área de 118.000 hectares. Todavia, até hoje não foi realizada, dada a pressão dos grandes interesses político-econômicos da região. Existem Guajás que vivem na pré-Amazônia brasileira, esses constituem um dos últimos povos caçadores e coletores do Brasil.



Organização Social

As mulheres dessa tribo, em alguns casos, têm um papel decisivo, fato pouco comum nas sociedades indígenas. A opinião das idosas é levada em conta e ela pode tanto resolver conflitos domésticos como dividir as tarefas de roçar, caçar e coletar. Elas também cuidam dos animais de estimação, muito numerosos na tribo, e eles, muitas vezes, são até amamentados pelas mulheres mais jovens.

Pode acontecer que um homem se case ao mesmo tempo com duas mulheres, uma sexagenária e outra bem jovem, mas a primeira, além de receber todo o carinho e respeito do marido, tem ainda poder para tomar as decisões principais da casa. A mulher pode também ter vários matrimônios sucessivos.



Interior de uma morada Guajá.







Apesar do aumento da população,







os Guajá estão sujeitos a um futuro incerto.

Eles se adaptaram a uma nova estratégia de







subsistência, mas a caça de animais ainda faz parte de seus costumes.

Família Guajá: Ao longo de sua vida,







tanto um homem quanto uma mulher podem ter vários matrimônios.