quinta-feira, 10 de maio de 2012

KARAJÁ (ETNIA BRASILEIRA)

O Escriba Valdemir Mota de Menezes leu este texto do professor Manuel e usou-o como base em sua lição de aula para o oitavo ano do Ensino Fundamental.

Karajá

Manuel Ferreira Lima Filho
Universidade Federal de Goiás
mflimafilho@yahoo.com.br
dezembro, 1999
  • Outros nomes: Caraiauna
  • Onde estão: RO
  • População:
  • Família linguística: Karajá

Introdução

Habitantes seculares das margens do rio Araguaia nos estados de Goiás, Tocantins e Mato Grosso, os Karajá têm uma longa convivência com a Sociedade Nacional, o que, no entanto, não os impediu de manter costumes tradicionais do grupo como: a língua nativa, as bonecas de cerâmica, as pescarias familiares, os rituais como a Festa de Aruanã e da Casa Grande (Hetohoky), os enfeites plumários, a cestaria e artesanato em madeira e as pinturas corporais, como os característicos dois círculos na face. Ao mesmo tempo, buscam a convivência temporária nas cidades para adquirir meios de reivindicar seus direitos territoriais, o acesso à saúde, educação bilingüe, entre outros.

Nome

O nome deste povo na própria língua é Iny, ou seja, "nós". O nome Karajá não é a auto-denominação original. É um nome tupi que se aproxima do significado de "macaco grande". As primeiras fontes do século XVI e XVII, embora incertas, já apresentavam as grafias "Caraiaúnas" ou " Carajaúna". Ehrenreich, em 1888, propôs a grafia Carajahí, mas Krause, em 1908, consagra a grafia Karajá.

Língua

Segundo o lingüista Aryon dall’Igna Rodrigues, a família Karajá, pertencente ao tronco lingüístico Macro-Jê, se divide em três línguas: Karajá, Javaé e Xambioá. Cada uma delas tem formas diferenciadas de falar de acordo com o sexo do falante. Apesar destas diferenças, todos se entendem. Em algumas aldeias, como em Xambioá (TO) e em Aruanã (GO), devido ao processo do contato com a sociedade nacional, o Português tem sido dominante.
No início da década de 1970, a Funai adotou um programa educacional bilíngüe e bicultural para alguns grupos, entre eles, os Karajá. Este programa, sob a orientação do Sociedade Internacional de Lingüística (Summer Institute of Linguistics), entidade que tem também objetivos religiosos, resultou na tradução da Bíblia na língua karajá

Localização

Os Karajá têm o rio Araguaia como um eixo de referência mitológica e social. O território do grupo é definido por uma extensa faixa do vale do rio Araguaia, a ilha do Bananal, que é a maior ilha fluvial do mundo, medindo cerca de dois milhões de hectares. Suas aldeias estão preferencialmente próximas aos lagos e afluentes do rio Araguaia e do rio Javaés, assim como no interior da ilha do Bananal. Cada aldeia estabelece um território específico de pesca, caça e práticas rituais demarcando internamente espaços culturais conhecidos por todo o grupo.
Isto mostra uma grande mobilidade dos Karajá, que apresentam como uma de suas feições culturais a exploração dos recursos alimentares do rio Araguaia. Eles têm, ainda hoje, o costume de acampar com suas famílias em busca de melhores pontos de pesca de peixes e de tartarugas, nos lagos, nas praias e nos tributários do rio, onde, no passado, faziam aldeias temporárias, inclusive com a realização de festas, na época da estiagem do Araguaia. Com a chegada das chuvas, mudavam-se para as aldeias construídas nos grandes barrancos, a salvo das subidas das águas, onde, em alguns lugares, ainda hoje fazem suas roças familiares e coletivas, locais de moradia e cemitérios.

Demografia

Pode-se ter uma idéia dos números populacionais dos grupos de língua karajá a partir dos seguintes anos e dados:
Apesar do contato intenso com a sociedade nacional, tem-se registrado um aumento populacional dos Karajá, que continuam residindo no território tradicional. As aldeias de cada subgrupo estão distribuídas da seguinte maneira:
População Karajá
Ano
Fonte
Karajá
Javaé
Xambioá
TOTAL
   
---
815
795
1.406
1.588
1.900
±1.500
---
---
---
---
---
750
±841
---
---
---
---
---
250
202
7,000 to 8,000
---
---
---
---
2.900
±2.593
1775
1908
1939
1980
1990
1995
1997
Fonseca 1920
Krause 1908: 238
Lipkind 1948: 180
Toral 1992: 27
Toral 1992: 41
ISA 1996: vii
Braggio 1997


O subgrupo Karajá é formado pela comunidade de Aruanã (GO) que tinha aproximadamente 50 pessoas (dados mais recentes indicam que esta aldeia recebeu mais alguns Karajá motivados pela demarcação da terra, totalizando aproximadamente 70 pessoas), pelas aldeias Santa Isabel do Morro, Fontoura, Macacúba e São Raimundo, no oeste da ilha do Bananal, por aldeias menores como São Domingos e também duas aldeias pequenas próximas ao rio Tapirapé, além de pequenos grupos depois da ponta norte da ilha, totalizando aproximadamente 1.500 pessoas (Braggio, 1997).

O subgrupo Javaé, nas margens do rio Javáes (braço do Araguaia que contorna a margem oriental da ilha do Bananal) e no interior da ilha, tinha por volta de 841 pessoas no ano de 1997, distribuídas em seis comunidades nos municípios de Formoso do Araguaia, Cristalândia e Araguaçu (Braggio, 1997).

O subgrupo Xambioá tinha, no mesmo ano, duas aldeias com 202 indivíduos (Braggio, 1997), no baixo Araguaia.

Dados da Funasa de 2006 revelam um total de 2.532 karajás (Funasa, 2006).

Histórico do contato

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Os estudos históricos informam que os Karajá estiveram em disputa com outros povos indígenas como os Kayapó, os Tapirapé, os Xavante, os Xerente, os Avá-Canoeiro e, menos freqüentemente, com os Bororo e Apinayé, no intuito de salvaguardar seu território. Como resultado deste contato, houve a troca de práticas culturais entre os Karajá, os Tapirapé e os Xikrin (Kayapó).

Com relação ao contato com a sociedade nacional, os textos históricos informam ter havido duas frentes de contato com a sociedade nacional. A primeira é representada pela missões jesuítas da Província do Pará, assinalando a presença do Padre Tomé Ribeiro em 1658, que se encontrou com os Karajá do baixo Araguaia, provavelmente os Xambioá (ou os Karajá do Norte, como preferem ser chamados).

A segunda frente de contato está relacionada com as bandeiras paulistas rumo ao Centro-Oeste e Norte do Brasil, como a expedição de Antônio Pires de Campos, que se estima ter ocorrido entre os anos de 1718 a 1746. A partir destas, várias outras expedições visitaram os Karajá ao longo dos anos e estes foram obrigados a manter um contato constante com a nossa sociedade.

Suas aldeias foram alvos fáceis de inúmeras frentes religiosas, planos governamentais, visitas de presidentes da República como Getulio Vargas (1940) e Juscelino Kubistchek (1960), construção de um hotel de turismo luxuoso e inúmeras visitas de pesquisadores, escritores e jornalistas que retornavam as suas cidades com objetos culturais, como artefatos plumários, remos e as características bonecas de barro feitas pelas mulheres, como é o caso do etnográfo alemão Fritz Krause (1908), do etnográfo norte-americano William Lipkind (1938), do escritor José Mauro de Vasconcelos (década de 60) e dos governadores de Goiás, Henrique Santillo (1988) e do Tocantins, Siqueira Campos (1989).

O processo de contato permanente dos Karajá com a sociedade nacional fez com que eles adotassem bens culturais da sociedade envolvente (alimentação, língua, hábitos, ensino, religião entre outros). A complexidade cultural do grupo é invisível aos olhos não-índios quando, num primeiro momento, se deparam com as marcas do sofrimento impostas pelo contato: a tuberculose, o alcoolismo e a subnutrição, que aumentam a discriminação dos regionais e da população urbana.

Entretanto, os Karajá demonstram força de resistência, ao manter suas principais categorias culturais que os habilitam a negociar este mesmo contato e ao fazer permanecer viva a sua organização cultural e social, a sua identidade indígena, sem abrir mão da cidadania brasileira, participando inclusive como vereadores de cidades ribeirinhas.

Ciclo de vida

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O nascimento de uma criança entre os Karajá é marcado socialmente pela regra da tecnonímia, isto é, quando os pais deixam de ser chamados pelos nomes próprios e passam a ser conhecidos como o pai ou a mãe de ego (aquele que nasceu). No caso do homem, o novo pai passa para uma outra categoria masculina.
O homem é tido como o responsável pela fecundação, sendo necessário copular várias vezes para, de forma gradual, formar a criança no ventre da mãe, considerada apenas como receptora. Após o nascimento, o recém-nascido é lavado com água morna e pintado de urucum.
Na infância, a criança fica a maior parte do tempo com a mãe e avós. Entretanto, a diferença entre os gêneros ganha maior proporção quando o menino chega à idade de sete a oito anos e tem o lábio inferior perfurado com osso de guariba. Depois, ao alcançar a faixa entre dez a doze anos de idade, o menino passa por uma grande festa de iniciação masculina denominada Hetohoky ou Casa Grande.
Eles são pintados com o preto azulado do jenipapo e ficam confinados durante sete dias numa casa ritual chamada de Casa Grande. Os cabelos são cortados e ele é chamado de jyre ou ariranha.
Na primeira menstruação, a moça passa a ser vigiada pela avó materna, ficando isolada. A sua aparição pública, quando está bem enfeitada com pinturas corporais e enfeites plumários para dançar com os Aruanãs, é muito prestigiada pelos homens.
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O casamento ideal é aquele arranjado pelas avós dos nubentes, preferencialmente da mesma aldeia, quando os jovens estão aptos a ter relações sexuais. O casamento mais comum é a simples ida do rapaz para a casa da moça, o que pode ser precipitado se algum parente masculino, da parte dela, surpreende algum encontro do casal às escondidas. O homem, uma vez casado, passa a morar na casa da mãe da esposa, seguindo a regra matrilocal. Quando a família se torna numerosa, o casal faz uma casa própria, mas anexa àquela de onde saiu, caracterizando espacialmente a família extensa.
Assim, a mulher mais velha assume um papel central na unidade doméstica, enquanto o homem, com a idade, vai perdendo o prestígio político na praça dos homens, mas se tornando, em compensação, referência de poder espiritual, normalmente exercendo atividades xamanísticas.
No enterro Karajá, o morto é colocado com seus pertences numa esteira no fundo de uma vala; tudo é coberto por varas, lembrando uma casa, na frente do que se coloca uma espécie de pequeno mastro de madeira enfeitado. Outrora se fazia também o enterro secundário, hoje não mais realizado, que consistia em exumar o corpo e colocar os ossos numa vasilha de cerâmica, especialmente preparada pelas parentas do morto.

Homens e mulheres

Os Karajá estabelecem uma grande divisão social entre os gêneros, definindo socialmente os papéis dos homens e mulheres, previstos nos mitos.
Aos homens cabem a defesa do território, a abertura das roças, as pescarias familiares ou coletivas, as construções das casas de moradia, as discussões políticas formalizadas na Casa de Aruanã ou praça dos homens, a negociação com a sociedade nacional e a condução das principais atividades rituais, já que eles equivalem simbolicamente à importante categoria dos mortos.
As mulheres são responsáveis pela educação dos filhos até a idade da iniciação para os meninos e de modo permanente para as meninas, pelos afazeres domésticos, como cozinhar, colher produtos da roça, pelo cuidado com o casamento dos filhos, normalmente gerenciado pela avós, pela confecção das bonecas de cerâmica, que se tornaram uma importante renda familiar fomentada pelo contato, além da pintura e ornamentação das crianças, das moças e dos homens para os rituais do grupo. No plano ritual, elas são as responsáveis pelo preparo dos alimentos das principais festas e pela memória afetiva da aldeia, que é expressa por meio de choros rituais, especialmente quando alguém fica doente ou morre.
Os Karajá preferem a monogamia e o divórcio é censurado pelo grupo. Se a infidelidade do homem casado se torna pública, os parentes masculinos da mulher abandonada castigam severamente o infrator perante toda a aldeia, numa grande ação dramática, que pode tomar proporções maiores com o acirramento de ânimos entre os grupos domésticos envolvidos, resultando inclusive em queima da casa da família do marido. As mulheres de vida sexual pública, uma vez casadas e com suas unidades domésticas próprias, deixam de receber comentários reprovadores da comunidade, já que a constituição da família é um referencial cultural importante para os Karajá.

A aldeia

A aldeia é a unidade básica de organização social e política. O poder de decisão é exercido por membros masculinos das famílias extensas, que discutem suas posições na Casa de Aruanã. Não é raro haver rivalidades entre facções de grupos masculinos em disputa pelo poder político da aldeia. Com o contato, um dos homens é eleito "capitão" da aldeia e é responsável pelos assuntos políticos com os agentes externos, como Funai, universidades, ONGs, governos estaduais, entre outros.
Os Karajá têm ainda uma intrigante chefia que, no passado, parece ter tido duas funções: a ritual e a social. Uma criança, do sexo masculino ou feminino, era escolhida pelo chefe ritual, dentre aquelas a ele ligadas por linha paterna, para ser educada como sua sucessora. Tanto o chefe ritual quanto a criança escolhida ainda hoje recebem as mesmas dominações indígenas de ióló e deridu.
As divergências políticas entre aldeias são também comuns, mas a manutenção de uma solidariedade entre elas, motivada no passado pelas guerras contra outras etnias e, no presente, pela reivindicação de demarcação das terras, desocupação dos posseiros e fazendeiros da Ilha do Bananal, é reforçada pelos rituais que incentivam e celebram o encontro entre as aldeias.

Atividades de subsistência

A alimentação da comunidade é habitualmente a ictiofauna do rio Araguaia e dos lagos. Apreciam alguns mamíferos e demostram especial predileção na captura de araras, jaburus e colhereiros para enfeites plumários.
As roças são feitas nas matas-galeria, com a prática da coivara. Os registros etnográficos e históricos citam o cultivo do milho, da mandioca, da batata, da banana, da melancia, do cará, do amendoim e do feijão. Com as facilidades da cidade, estes produtos se reduzem hoje ao milho, banana, mandioca e melancia. Eles aproveitam também os frutos do cerrado, como o oiti e o pequi, e a coleta do mel silvestre. Às vezes, capturam reses criadas à solta na Ilha do Bananal para o consumo da carne, que não é apreciada pelos mais velhos.

Arte e cultura material

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A cultura material karajá envolve técnicas de construção de casas, tecelagem de algodão, adornos plumários, artefatos de palha, madeira, minerais, concha, cabaça, córtex de árvores e cerâmica.
A pintura corporal é significativa para o grupo. Na puberdade, os jovens de ambos os sexos submetiam-se à aplicação do omarura, dois círculos tatuados nas faces onde a mistura da tinta do jenipapo com a fuligem do carvão era aplicada sobre a face sangrada pelo dente do peixe-cachorra. Hoje, devido ao preconceito da população das cidades ribeirinhas, os jovens apenas desenham os dois círculos na época dos rituais. A pintura do corpo, realizada pelas mulheres, processa-se diferentemente nos homens, de acordo com as categorias de idade, sendo utilizado o sumo do jenipapo, a fuligem de carvão e o urucum. Alguns dos padrões mais comuns são as listas e faixas pretas nas pernas e nos braços. As mãos, os pés e as faces recebem pequeno número de padrões representativos da natureza, de modo especial, a fauna (Fénelon Costa, 1968).
A cestaria, feita tanto pelos homens como pelas mulheres, apresenta motivos trançados inspirados na fauna, como partes do corpo dos animais (Taveira, 1982). A arte cerâmica é exclusiva das mulheres, apresentando os mais variados tipos e motivos, desde utensílios domésticos, como potes e pratos, até bonecas com temas mitológicos, rituais, da vida cotidiana e da fauna.
Motivo de grande interesse dos turistas que visitam as aldeias Karajá, de modo especial nas temporadas da praias do rio Araguaia (junho, agosto e setembro), as bonecas Karajá tornaram-se mais um meio de subsistência do grupo. 

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Atividade única das mulheres, estas figuras de cerâmica tiveram no passado e ainda têm uma função lúdica para as crianças, mas também é instrumento de socialização da menina, conforme estudou Heloisa Fenélon Costa (1968), onde são modeladas dramatizações de acontecimentos da vida cotidiana. O contato imprimiu modificações quanto ao tamanho (se tornaram maiores) e ao material utilizado, como tinturas químicas. Entretanto, os motivos figurativos e padrões decorativos são mantidos pelas ceramistas mais novas, que inclusive ressaltam figuras dos mitos e dos ritos. É muito comum encontrar as bonecas karajá em lojas de artesanato ou nos museus das cidades.
A plumária é muito elaborada, tendo uma relação direta com os rituais. Com a dificuldade de captura de araras, ave de grande interesse para os Karajá, esta arte tem sido reduzida na sua variedade, permanecendo apenas alguns enfeites, como o lori lori e o aheto, muito usados no ritual de iniciação dos meninos.

Cosmologia, mitos e ritos

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O mito de origem dos Karajá conta que eles moravam numa aldeia, no fundo do rio, onde viviam e formavam a comunidade dos Berahatxi Mahadu, ou povo do fundo das águas. Satisfeitos e gordos, habitavam um espaço restrito e frio. Interessado em conhecer a superfície, um jovem Karajá encontrou uma passagem, inysedena, lugar da mãe da gente (Toral, 1992), na Ilha do Bananal. Fascinado pelas praias e riquezas do Araguaia e pela existência de muito espaço para correr e morar, o jovem reuniu outros Karajá e subiram até a superfície.
Tempos depois, encontraram a morte e as doenças. Tentaram voltar, mas a passagem estava fechada, e guardada por uma grande cobra, por ordem de Koboi, chefe do povo do fundo das águas. Resolveram então se espalhar pelo Araguaia, rio acima e rio abaixo. Com Kynyxiwe, o herói mitológico que viveu entre eles, conheceram os peixes e muitas coisas boas do Araguaia.
Depois de muitas peripécias, o herói casou-se com uma moça Karajá e foi morar na aldeia do céu, cujo povo, os Biu Mahadu, ensinou os Karajá a fazer roças.
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Existe uma correspondência simbólica entre a distribuição vertical dos referidos povos míticos e as atuais aldeias Karajá ao longo do vale do rio Araguaia. Os Xambioá são os Iraru Mahadu, o Povo de Baixo, ao norte do Araguaia. Os Karajá da ponta sul da ilha e os de Aruanã são alguns dos representantes do Povo de Cima, ou Ibóó Mahadu, e os Javaé, segundo alguns autores, são o Povo do Meio ou Itua Mahadu (Petesch, 1986 e Rodrigues, 1993). Esta distribuição das aldeias ao longo do Araguaia tem correspondência com a distribuição das casas numa única aldeia, como Santa Isabel, por exemplo, cujas casas formam duas linhas retas paralelas. Se imaginarmos estas duas retas paralelas de casas cortadas por duas transversais, formam-se três segmentos: as casas de cima (rio acima), as casas do meio e as casas de baixo (rio abaixo).
No ritual de iniciação masculina, conhecido como Hetohoky ou Casa Grande, os homens também se dividem em homens de cima, homens de baixo e homens do meio e, na disposição espacial das casas rituais, igualmente tem-se a casa pequena (rio abaixo), a casa grande (rio acima) e casa de Aruanã, que fica sempre no meio destas. Portanto, a localização das aldeias Karajá possui uma razão de ser nesse ou naquele local com relação ao Araguaia, assim como a disposição das casas de moradia, dos cemitérios, das casas rituais, segundo um simbolismo próprio à cultura karajá.
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Os mitos abordam temas muito variados como: a origem, o extermínio e o recomeço dos Karajá, a origem da agricultura, o veado e o fumo, a origem da chuva, a origem do sol e da lua, o mito de origem dos Aruanãs, as mulheres guerreiras, a origem do homem branco, entre muitos outros. Normalmente, estes mitos estão associados aos rituais e a temas sociais, como o papel dos gêneros, o casamento, o xamanismo e o poder político, as doenças e a morte, o parentesco, as plantações, as pescarias e o contato com os brancos.
A estrutura ritual dos Karajá tem dois grandes cerimoniais como referências: o rito de iniciação masculina, o Hetohoky, e a Festa de Aruanã, que apresentam ciclos anuais, baseando-se na subida e descida do rio Araguaia. Entre outros pequenos ritos, podem ser citados a pescaria coletiva de timbó, a festa do mel, a festa do peixe, além de inúmeros outros inclusos nos grandes rituais dos Aruanãs e do Hetohoky.

Nota sobre as fontes

 As referências sobre os Karajá somam aproximadamente 900 títulos (860 dos quais constam na conhecida Bibliografia Crítica da Etnologia Brasileira, de Herbert Baldus), uma vez que, devido à facilidade de navegação do rio Araguaia no tempo das cheias, foram muito visitados por jornalistas, viajantes, missões, agências governamentais, fotógrafos e pesquisadores.
Entre os textos etnográficos mais antigos há a rica descrição de Paul Ehrenreich, que visitou os Karajá em 1888, depois de ter participado da segunda viagem de Karl von den Steinen ao Alto Xingu. Lançado em Berlim em 1891, seu trabalho foi traduzido para o Português por Egon Schaden e publicado com introdução e notas de Herbert Baldus em 1948, com o título "Contribuições para a Etnologia do Brasil", que se inicia com a seção "As tribos Karajá do Araguaia (Goiás)". Depois temos a descrição bastante confiável de Fritz Krause, que viajou pelo Araguaia em 1908 e publicou "Nos sertões do Brasil".
Após esses pioneiros alemães, vem o antropólogo norte-americano William Lipkind, que publicou em 1948 sua etnografia sobre os Karajá com base em trabalho de campo realizado nos anos de 1938 e 1939. Vale notar que Herbert Baldus, que se dedicava nessa época ao estudos dos Tapirapé, nas suas passagens pelo Araguaia visitou os Karajá em 1935 e 1947, e escreveu três artigos que incluem dados que colheu entre eles: "Mitologia Karajá e Tereno", onde os mitos dos primeiros ocupam a maior parte do trabalho; "A mudança de cultura entre os índios do Brasil"; e "Tribos da bacia do Araguaia e o Serviço de Proteção aos Índios".
Nas décadas de 20 e 30 do século XX, várias expedições paulistas, incluindo jornalistas, fotógrafos e exploradores, viajam pelo rio Araguaia em busca da serra do Roncador e os Karajá são muitos visitados e noticiados. Em 1954, o arqueólogo Mário Ferreira Simões estuda as ceramistas da aldeias Karajá e os resultados estão em "Cerâmica karajá e outras notas etnográficas" (1992).
As etnografias modernas iniciam-se com a tese de livre docência de Maria Heloísa Costa Fénelon sobre a arte e o artista Karajá em 1968. Edna Luiza Taveira de Melo publica, em 1982, a sua tese de mestrado "Etnografia da cesta karajá". No mesmo ano, George R. Donahue Júnior defende a sua tese de doutorado pela Universidade da Virginia, oferecendo uma visão geral dos Karajá. Em 1987, a antropóloga francesa Nathalie Petesch apresenta uma proposta de classificação dos Karajá no quadro etnológico do Brasil Central e, no ano de 1991, Manuel Ferreira Lima Filho conclui sua tese de mestrado pela Universidade de Brasília sobre o rito de iniciação dos meninos Karajá. Depois, registram-se ainda três importantes teses sobre os Karajá: o mestrado de André Amaral de Toral (1992) pelo Museu Nacional, com uma etnografia mais ampla sobre os Karajá; e o doutorado de Nathalie Petesch pela Universidade de Paris X no mesmo ano.
É importante ressaltar ainda as considerações antropológicas sobre os efeitos da construção da Hidrovia Tocantins-Araguaia para os Karajá contida no relatório da FADESP de outubro de 1999.

Fontes de informação

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  • PAINKOW, Aurielly Queiroz et al. Aldeias da ilha : estudos e registros da realidade social dos indígenas que habitam a Ilha do Bananal. Palmas : Univers. do Tocantins, 2002. 48 p.

  • PAULA, Luiz Gouvea de. “Fala direito, Karajá!”. Rev. do Museu Antropológico, Goiânia : UFGO, v. ¾, n. 1, p. 53-64, jan./dez.1999/2000.

  • PERET, João Américo. As filhas do sol e a origem do casamento : lenda Karajá. Arquivo de Anat. e Antrop., Rio de Janeiro : Inst. Antrop. Prof. S. Marques, n. 4, p. 457-61, 1980.

  • PETESCH, Nathalie. La pirogue de sable modes de représentation et d’organisation d’une société du fleuve : les Karajá de l’Araguaia (Brésil central). Paris : Université Paris X, 1992. (Tese de Doutorado)

  • --------. A trilogia Karajá : sua posição intermediária no continuum Jê-Tupi. In: VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo; CUNHA, Manuela Carneiro da (Orgs.). Amazônia : etnologia e história indígena. São Paulo : USP-NHII/Fapesp, 1993. p. 365-84. (Estudos)

  • PIMENTEL, Maria do Socorro. A educação na revitalização da língua e da cultura Karajá na aldeia de Buridina. Rev. do Museu Antropológico, Goiânia : UFGO, v. ¾, n. 1, p. 65-74, jan./dez. 1999/2000.

  • POLECK, Lydia (Org.). Adornos e pintura corporal Karajá. Goiânia : UFGO ; Brasília : Funai, 1994. 47 p. (Textos Indígenas, Série Cultura)

  • --------. Textos Karajá. Goiânia : UFGO, 1998. 51 p. (Textos Indígenas, Série Cultura)
  • RAMALHO, Jair Pereira. Pesquisas antropológicas nos índios do Brasil : a cefalometria nos Kayapó e Karajá. Rio de Janeiro : Fed. das Escolas Federais Isoladas, 1971. 314 p. (Tese para Concurso Prof. Titular de Anatomia)

  • --------; PAPAIS, Regina Maria. Pesquisas antropométricas em brasilíndios : o diâmetro bizigomático e altura morfológica da face nos Karajá - coeficiente de correlação. Arquivos do Instituto Benjamin Baptista, Rio de Janeiro : Instituto Benjamin Baptista, v. 15, p. 453-9, 1972.

  • RAMOS, Luciana Maria de Moura. A construção da mulher na sociedade Karajá. Brasília : UnB, 1996. (Monografia de Graduação)

  • RIBEIRO, Eduardo Rivail. (ATR) vowel harmony and palatalization in Karaja. Santa Bárbara Papers in Linguistics, Santa Bárbara : UCSB, v. 10, 2000.

  • RODRIGUES, Patrícia de Mendonça. O povo do Meio : tempo, cosmo e gênero entre os Javaé da ilha do Bananal. Brasília : UnB, 1993. 438 p. (Dissertação de Mestrado)

  • SÁ, Cristina. Observações sobre a habitação em três grupos indígenas brasileiros. In: NOVAES, Sylvia Caiuby (Org.). Habitações indígenas. São Paulo : Nobel ; Edusp, 1983. p. 103-46.

  • SANTOS, Rosirene R. dos. A estética Karajá e a ótica ocidental. São Paulo : USP, 2001. (Dissertação de Mestrado)

  • SILVA, Maria do Socorro Pimentel da. A função social do mito na revitalização cultural da língua Karajá. São Paulo : PUC, 2001. 242 p. (Tese de Doutorado)

  • --------. A situação sociolingüística dos Karajá de Santa Isabel do Morro e Fontoura. Brasília : Funai/Dedoc, 2001. 143 p. Originalmente Dissertação de Mestrado/UFGO.

  • SIMÕES, Mário Ferreira. Cerâmica Karajá e outras notas etnográficas. Goiânia : UCG-IGPHA, 1992.

  • TAVEIRA, Edna Luisa de Melo. Etnografia da cesta Karaja. São Paulo : USP, 1978. (Dissertação de Mestrado). Publicada com o mesmo título em 1982 pela UFGO.

  • TAVENER, Christopher J. The Karajá and the Brazilian frontier. In: GROSS, Daniel R. (Ed.). Peoples and cultures of native South America : an anthropological reader. New York : The American Museum of Natural Story, 1973. p. 433-62.

  • TORAL, André Amaral de. Cosmologia e sociedade Karajá. Rio de Janeiro : UFRJ-Museu Nacional, 1992. 414 p. (Dissertação de Mestrado)

  • --------. Estudo de Impacto Ambiental - Hidrovia Araguaia-Tocantins : diagnóstico ambiental Karajá. São Paulo : s.ed., 1997. 127 p.

  • --------. Laudo pericial antropológico relativo à Ação Ordinária de nº 91.0004263-3 (I-1.363/91) de desapropriação indireta na 4ª Vara da Justiça Federal do Mato Grosso. s.l. : s.ed., 1992. 120 p.

  • TSUPAL, Nancy Antunes. Educação indígena bilingue, particularmente entre Karajá e Xavante : alguns aspectos pedagógicos, considerações e sugestões. Brasília : UnB, 1979. 157 p. (Dissertação de Mestrado)

  • VIANA, Adriana M. S. A expressão do atributo na língua karajá. Brasília : UnB, 1995. 89 p. (Dissertação de Mestrado)

  • Tigrero : the film that was never made. Dir.: Mika Kaurismaki. Filme Cor, 35 mm, 1994.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

CAIAPÓS (TRIBO)

Caiapós Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.Ir para: navegação, pesquisa Nota: Se procura pela língua falada pelos caiapós, veja língua caiapó.




Caciques caiapós.

Em 2 de junho de 2010, o cacique Akiaboro, líder geral de todas as aldeias Caiapó, fala à imprensa após participar da 13ª Reunião Ordinária da Comissão Nacional de Política Indigenista. Foto:Renato Araújo/ABr.Os caiapós (também grafado kayapó ou kaiapó) é uma das denominações[1] de um grupo indígena habitante da Amazônia brasileira.



Índice [esconder]

1 Exonominação

2 Subgrupos

3 Economia

4 Organização social

5 Cosmologia

6 Violência contra engenheiro da Eletrobrás

7 Ver também

8 Ligações externas

9 Referências





[editar] ExonominaçãoCaiapó é uma exonominação que data do início do século XIX e tem origem em outros grupos indígenas circunvizinhos desta etnia. Kayapó significa homens semelhantes aos macacos, em grande medida devido a certos rituais que este grupo realiza nos quais são utilizadas máscaras de macaco pelos homens. A autonominação dos chamados kayapó é mebêngôkre que significa literalmente "homens do poço d'água".



[editar] SubgruposOs caiapós são um grupo indígena brasileiro que se divide nos subgrupos kayapó-aucre, kayapó-cararaô, caiapó-cocraimoro, caiapó-cubem-cram-quem, caiapó-gorotire, caiapó-mecranoti, caiapó-metuctire, caiapó-pau-d'arco, caiapó-quicretum e caiapó-xicrim. No passado eram também chamados de coroados, e os de Mato Grosso, coroás.



[editar] EconomiaSua principal atividade econômica é a agricultura itinerante praticada por homens, mulheres e meninos. Através do método de desbravar e queimar (queimada), cada par limpa um local na floresta de cerca de cinquenta por trinta metros onde estabelecem seu suru, uma horta na qual semeiam batata, cará, mandioca, algodão, milho e, ao lado das árvores, plantam cupá, uma videira com gavinhas comestíveis. Alguns grupos introduziram em suas hortas arroz, feijão, mamão e tabaco. Usam fertilizantes e pesticidas.



Recolhem mel e frutos de palmeiras silvestres como o babaçu. A castanha-do-pará, que anteriormente era recolhida pelas mulheres para seu autoconsumo, hoje é recolhida pelos homens e vendida a compradores estatais ou privados.



O óleo certificado de castanha, feito pelos caiapós da Terra Indígena Baú, de Novo Progresso, recebeu o selo verde, uma certificação que atesta práticas legais e impulsiona a venda para as indústrias de cosméticos. No entanto, a substituição por outras matérias-primas tem feito os caiapós venderem o óleo para indústria de biocombustível a um preço dez vezes menor [2].



São bons caçadores, mas, atualmente, a caça não é abundante. Entre as presas que conseguem obter, se destaca o Tayassuidae. Os homens tecem cestos, cintos e faixas para carregar e fabricam paus, lanças, arcos e flechas para a caça. As mulheres fabricam pulseiras, fitas e cordas.



[editar] Organização socialCada comunidade é independente das demais, mas todas apresentam a mesma estrutura. Se constrói uma aldeia com uma praça central para as festas e, ao redor, as casas de cada família. O ngobe é a casa dos homens, situada no extremo norte da praça, onde eles se reúnem, praticam trabalhos artesanais e pernoitam. Os homens se dividem em dois lados, cada um com um benadióro (chefe) e seus oopen (partidários).



As casas das esposas do chefe estão uma no extremo leste da aldeia e outra a oeste. São seminômades. Várias vezes ao ano, correm pelas florestas para a caça, coleta e estabelecimento de novas colheitas; alguns desses períodos são curtos e breves e outros relativamente longos durante os quais abandonam a aldeia. Como comunidades sobreviventes, se mencionam os kubenkrâkên, gorotire, xikrin, menkragnoti e metüktire.



Uma forma organizativa fundamental através da qual cada pessoa se articula em sua comunidade é o grupo patronímico ou seguimento de nomes. As meninas e as mulheres formam o mesmo grupo das irmãs do pai, enquanto que os meninos e os homens são do grupo dos irmãos da mãe.



O sistema de parentesco se assemelha ao tipo Omaha, o qual permitiria pensar em linhagens patrilineares que, no entanto, não existem ou são substituídas pela adesão a segmentos determinados pela descendência em linha cruzada: cada pessoa pertence a uma categoria de acordo com sua idade, sexo e número de filhos. Os guerreiros (maiores de 17 anos) participam no ngobe das assembleias onde se tomam as decisões políticas.



O matrimônio se contrai em idade precoce, por vezes consentido pelas mães dos noivos, sendo proibida a união entre primos cruzados. Se trata de um evento público que está previsto após a menarca das meninas (entre 10 e 12 anos). As mães e tias dos recém-casados preparam e interrompem sem prejuízos a noite de núpcias. O divórcio é possível, mas o segundo casamento é privado.



A decoração do corpo é uma questão importante na sociedade. Dedica-se bastante tempo para raspar o cabelo e fazer desenhos coloridos na pele. Homens, mulheres e crianças ficam com a parte superior da cabeça completamente rapada. As mulheres deixam cair para trás o resto do cabelo, enquanto os homens fazem um rolo. Levam grinaldas de penas, brincos, colares e cintos e alguns homens usam um disco em seu lábio inferior. Anteriormente, todos os homens o portavam.



[editar] CosmologiaHá um mundo celeste do qual provém a humanidade. Os primeiros seres humanos que chegaram à Terra vieram de lá por uma longa corda, qual formigas por um tronco. Isto foi possível porque um homem viu um tatu e o seguiu até que entrou num buraco, que depois foi usado pelas pessoas para vir a este mundo. Também as plantas celestes baixaram do mundo celestial quando a filha da chuva brigou com a mãe, desceu a este mundo e foi acolhida por um homem, a quem entregou as plantas.



Muitos relatos explicam os fatos culturais, desde a obtenção do fogo até a casa da onça-pintada. As danças são levadas muito a sério, pois explicam a relação com a natureza, a sociedade e a história. Não usam bebidas fermentadas nem plantas alucinógenas.



[editar] Violência contra engenheiro da EletrobrásEm 20 de maio de 2008, índios caiapós agrediram com socos e facões um engenheiro da Eletrobrás que fazia uma apresentação no município de Altamira (Pará) sobre os impactos ambientais da usina hidroelétrica de Belo Monte. [3] Durante a apresentação do engenheiro, os índios teriam sido incitados ao ataque por Roquivam Alves da Silva, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).[carece de fontes?] Apesar de ninguém ter sido preso em flagrante, a agressão foi repudiada por diversas autoridades e a Eletrobrás afirma que tomará todas as providências necessárias para que os responsáveis pela agressão sejam punidos.[4][5]

JURUNA (TRIBO)

Povo indígena cuja língua é a única representante viva da família Juruna, do tronco Tupi. Autodenominam-se Yudjá; o nome Juruna significa, em Tupi-Guarani, “bocas pretas”, porque a tatuagem características desses índios era uma linha que descia da raiz dos cabelos e circundava a boca. Na metade do século XIX tinham uma população estimada em 2.000 índios, que viviam no baixo rio Xingu. Um grupo migrou mais para o alto do rio, hoje em território compreendido pelo Parque do Xingu (MT).



Segundo levantamento de médicos da Escola Paulista de Medicina, que prestam serviços de saúde aos índios do parque, em 1990 eram 132 pessoas. Alguns Juruna vivem dispersos na margem direita do médio e baixo rio Xingu, e há um grupo de 22 índios, segundo dados da Funai de 1990, que vive na Volta Grande do rio Xingu, numa pequena área indígena chamada Paquiçaba, no município de Senador José Porfírio, no sudeste do Pará.



Suas terras serão atingidas pela construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.



Fonte: www.arara.fr

PATAXÓS

Pataxós
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre
Nota: Se procura pela língua da família lingüística maxacali, outrora falada pelos pataxó, veja Língua maxacali (patxôhã).


Pataxó





População total

10 897 (Fundação Nacional de Saúde - 2006)[1]



Regiões com população significativa

Sul do estado da Bahia, Brasil



Línguas

Maxacali e português

Religiões

Xamanismo pataxó e cristianismo

Grupos étnicos relacionados

Pataxós-hã-hã-hães



Os pataxós são um povo indígena de língua da família maxakali, do tronco macro-jê. Apesar de se expressarem na língua portuguesa, alguns grupos conservam seu idioma original.



Em 1990, os pataxós eram, aproximadamente, 1 600. Vivem em sua maioria na Terra Indígena Barra Velha do Monte Pascoal, ao sul do município de Porto Seguro, a menos de um quilômetro da costa, entre as embocaduras dos rios Caraíva e Corumbáu. O território entre estes dois rios, o mar a leste e o Monte Pascoal a oeste é reconhecido pelos Pataxós como suas terras tradicionais, as quais abrangem uma área de 20 000 hectares.



Existem outros cinco núcleos de povoamento:



1 - Terra Indígena Imbiriba, próximo à foz do Rio dos Frades, a vinte quilômetros ao Norte de Barra Velha. É o território mais antigo;



2 - Terra Indígena Coroa Vermelha, ocupado mais recentemente, estimulado pelo fluxo turístico, onde se desenvolvem atividades artesanais. Este último povoamento está à margem da rodovia que liga Porto Seguro a Santa Cruz de Cabrália.



3 - Terra Indígena Aldeia Velha, no município de Porto Seguro, ao norte do distrito de Arraial da Ajuda.



4 - Terra Indígena Mata Medonha, ao norte do município de Santa Cruz Cabrália.



5 - Terra Indígena Comexatiba, também conhecida como Cahy/Pequi, no município do Prado, imediatamente ao sul da TI Barra Velha do Monte Pascoal.



Índice [esconder]

1 O índio Galdino

2 Fontes

3 Referências

4 Ligações externas





[editar] O índio Galdino

Índios pataxósA tribo pataxó ganhou uma trágica notoriedade após o assassinato do índio Galdino Jesus dos Santos, em 1997, que era líder do povo Pataxós-hã-hã-hães.[2] Ele dormia em uma parada de ônibus em Brasília quando delinquentes de classe média atearam fogo ao seu corpo, alegando que o confundiram com um mendigo.

JEAN DE LÉRY

CANIBALISMO


















Jean de Léry foi um francês que nasceu em 1534 e morreu em 1613, ele fez parte de uma expedição nacional da Fraça ao Brasil recém descoberto. Ele tinha uma missão de ajudar a criar a França-Antartica na América, partiu de Genebra na Suiça com destino ao Rio de Janeiro. Léry veio ao Brasil junto com os protestantes calvinista e aqui chegaram em 1557



No Brasil ele trabalhou estudando a vida dos índios e ao retornar a Europa se torna pastor protestante e prefeito e vinte anos depois publica o Livro: l’histoire d’un voyage fait en la terre du Brésil"



Jean de Léry retratou os indígenas brasileiros destacando principalmente para o aspecto do canibalismo. Não acredito que Jean de Léry tenha exagerado, mas sim. focado sua pesquisa sobre os nativos brasileiros por este ângulo. É óbvio que os brasileiros não são antropófagos, mas também não devemos esquecer que os tempos são outros.



Quando os primeiros europeus chegaram na América, aqui encontraram costumes bárbaros, antropofagia e outras insanidades. Os Incas sacrificavam em certas festas religiosas centenas de pessoas por dia, arrancando-lhe o coração e sacrificando a seus deuses diabolizados. Não é nossa missão como historiadores brasileiros repugnar a visão dos estrangeiros sobre os nossos costumes. Mais uma vez, repito, o brasileiro do século XXI nada tem de semelhante em seus costumes com os nativos que aqui viviam na era pré-colombiana.



























Treze capítulo do Livro é dedicado a descrever os costumes indígenas dos nativos do Brasil, além de descrever a fauna e a flora. Os capítulos iniciais do livro, os primeiros sete capítulos apresentam o objetivo e a viagem ao Brasil, os dois últimos capítulos são dedicados a narrar o terrível regresso de volta a Europa. Ainda hoje o Livro de Jean de Léry é uma referência no Estudo do Brasil nas escolas francesas.



Na gravura acima vemos índios dançando em volta uma fogueira onde um corpo humano repartido é assado para em seguida servir de alimentos aos índios. Acreditava-se que comendo o corpo do inimigo se conseguiria a energia e a força daquele guerreiro que estava servindo de alimento.



OBRAS CONSULTADAS



www.arara.fr/AAJEUNESSE.html

http://fr.wikipedia.org/wiki/Histoire_d'un_voyage_fait_en_la_terre_du_bresil

http://daliedaqui.blogspot.com/2008/01/jean-de-lry-1534-1613.html

lewebpedagogique.com/.../06/20/jean-de-lery/

http://fr.wikipedia.org/wiki/Jean_de_L%C3%A9ry

CARTA DE PIERRE VICTOR RENAULT

CARTA DE VICTOR RENAULT








Barbacena, 17 de outubro de 1877.



Meu bom irmão Léon.



No dia 6 do corrente mês, eu te escrevi uma longa carta em reposta à tua

carta do dia 1º de setembro e eu inclui um retrato meu tirado em agosto de

1876 lamentando muito não ter podido te enviar ainda os retratos da minha

família, por falta de um fotógrafo que passe por aqui.(...). Chegado ao

Rio, sem nenhum recurso, foi-me necessário encontrar os meios de poder

me transportar para o interior da província de Minas, à procura de um emprego

como engenheiro numa mina de ouro, e da qual me haviam falado

em Paris, na embaixada do Brasil.(...). Enfim após ter perambulado durante

2 anos, e vendido pouco a pouco a roupa que eu havia trazido da França,

encontrei-me no fim dos meus recursos, e cada vez mais com uma forte

inflamação no fígado. Eu achei uma casa caridosa que me tratou, e em

troca, durante meu tratamento, eu ensinava a ler e a escrever, à criança

da casa, o que me valeu um transporte gratuito até Sabará, com algumas

camisas que me havia dado, a dona da casa. Enfim chegado a Sabará,

cidade bastante importante, eu comecei a dar aulas de francês, inglês,

química, física, matemática e alemão(...),Propuseram-me atravessar um

terreno frequentado por selvagens antropófagos que diziam negros, e que

tinham recusado com raiva todas as tentativas feitas para penetrar nas

suas florestas.(...). Logo sou assaltado pelos Nak-Nanukes ( habitantes

das montanhas ) e pertencentes a grande família dos Botocudos, selvagens

nômades, antropófagos e muito ferozes. Eu tinha um intérprete que

lhes faz compreender que não lhes quero nenhum mal, e que eu lhes trazia

presentes(...). Eles são negros, é verdade, quando eles estão em guerra ou

na caça, porque eles se pintam o corpo com a fruta do Jenipapo ( Genipa

Brasiliensis ), uma rubiácea, o que lhes impede de ficar muito a vista no

meio dos tufos de árvore.



















Eles estão inteiramente nus, homens e mulheres, e não se dignavam mesmo

a esconder a nudez com fizeram Adão e Eva. Eu era o primeiro homem

que eles viam, por isso quantas exclamações vendo nossas vestimentas,

nossas armas, nossos víveres, que eles não conheciam, e sobretudo o sal

que os obrigava a raspar a língua, e a gritar ( muguang - Krok ) água de

fogo. Apesar de que estas damas estejam inteiramente nuas, elas acharam

apesar disso um meio de dar curso à sua vaidade, que ao que parece,

é inerente a humanidade. (...) Quando nos salões dourados, eu vejo nobres

damas, e belos senhores, se entregarem ao prazer de um galope, eu imagino

a dança dos selvagens, e sua cadência, e eu tenho vontade de rir.

Mas é preciso partir e eu estou apenas no começo da minha viagem. Mas,

por qual lado tomar? (...)Eu subo o Jequitinhonha ( ? ) costeando um caminho

aberto pelos Botocudos Krekmas, e no final de 18 meses de uma

viagem cheia de perigos, de privações de todos os gêneros, eu chequei a

Ouro Preto ( ? ) capital da província, onde o presidente ficou muito contente

com o meu trabalho, e me fez elogios oficiais que conservo para meus

filhos..(...)





Tu me fizeste tremer na sua boa carta quando tu me dizias que tu tinhas

vontade de partir comigo! Deus preserve meu maior inimigo de sair de

seu pais, de perder de vista seu campanário, pois não é somente a terrível

nostalgia que nos apunhala, é a comparação que vos torna infeliz, e se tem

a ocasião de faze-la diariamente. Infeliz fora de seu pais, o seria na nossa

pátria, e não poderia mais nada em lugar nenhum, e é isso que me acontece.

É preciso entretanto que eu termine esta carta já longa e que me deu

muita dor por causa da dificuldade que eu tenho de escrever. (...)Eu teria

querido publicar todas as minhas viagens e as descobertas que eu fiz, mas

eu não tenho mais energia e esta carta já me cansou muito. Talvez meus

filhos acharão algumas notas minhas, das quais eles poderão aproveitar.

Eu vivo então mais ou menos o dia a dia, mas eu vivo e eu tentarei a cura

de um outro louco quando eu tiver curado aquele que eu tenho atualmente

em casa.

Ainda uma vez, eu abraço minhas irmãs e minhas cunhadas, e sou teu

irmão que te ama.

Victor Renault

QUESTÃO INDÍGENA





Diálogo entre Valdemir Mota de Menezes e José Olímpio de Oliveira sobre a questão indígena no fórum do Curso de Licenciatura em História da Unimes Virtual


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Parabéns Olímpio,
Gostei da explanação que você deu sobre os links da internet e a maneira como podemos fazer destes canais, ferramentas para incrementar a educação com respeito aos povos indígenas. Os três sites que vocês escolheu são mesmos focados para a questão indígena.



Sobre os índios a minha posição pessoal é que devemos dar as garantias para que as suas tradições e culturas sejam respeitadas e que seus direitos a terra e a liberdade não sejam violadas. Contudo, acho que os índios tem o direito a se relacionarem com outras culturas, com outras religiões, direito a acesso a internet e a tecnologia. Índio não necessita ser isolados em reservas ambientais como animais ameaçados em extinção. Razões como esta me levam a não concordar plenamente com as políticas indígenas. Os índios devem ter acesso total tratamento médico e a remédios entre outras prioridades, afinal, o Estado brasileiro tem uma dívida histórica para com os negros e índios.





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CAROS COLEGAS
O 1º link a ser trabalhado foi o Museu do Índio que esta disponível no site http:/www.museudoindio.gov.br/informativo.
O Museu do Índio é uma instituição governamental que se coloca a serviço da sociedade a partir de uma proposta de trabalho baseada na parceria com os povos indígenas, com objetivo de manter a preservação das suas tradições e o respeito a sua diversidade étnica.
O museu alem das suas atividades tem como objetivo trabalhar com professores e alunos do Ensino Fundamental e Médio e com a comunidade oferecendo cursos. Com esse site o professor pode desenvolver as ações de um projeto utilizando como referencial metodológico a pesquisa e outras abordagens participativas.
1º- Como implantação desse projeto o professor pode elaborar textos didáticos sobre a história do índio brasileiro;
2º- Se for possível apresentar vídeos para os alunos na qual mostram as técnicas utilizadas pelos índios principalmente na oficina de argila;
3º- A exposição de revistas em quadrinhos sobre os índios que habitavam nosso país;
4º- Abordar em sala aula sobre as questões indígenas e do seu patrimônio cultural.
Assim, é importante que o professor mostre aos alunos que o patrimônio cultural do índio vem sendo dilapidado, e que o aluno perceba a importância do mesmo.
O 2ª link a ser trabalhado será a FUNAI que esta disponível no site www.funai.com.br e www.funai.gov.br/indio/fr
A FUNAI foi criada com o objetivo de promover a educação básica aos índios, demarcar, assegurar e proteger as terras por eles tradicionalmente ocupadas e estimular o desenvolvimento de estudos e levantamento sobre os grupos indígenas.
Com esses sites pode o professor abordar com os alunos do 2º ano do Estudo Médio sob a educação dos indígenas e papel da FUNAI com relação à proteção dos povos indígenas.
1º- O aluno poderá conhecer nesta aula a cultura indígena e sua influencia na cultura brasileira. Como vivem as comunidades indígenas atualmente e seus projetos.
2º- O apoio que a FUNAI da ao povo indígena com relação as sala de aulas, cujos números revelam que a inclusão das escolas indígenas no sistema de ensino ainda é precária.
3º- Os alunos deveram ter conhecimento como são feitas as demarcações de terras dos índios na Constituição de 1988.
4º- Mostrar na internet algum site da FUNAI que relata sobre o envolvimento dos bandeirantes e jesuítas na imposição da cultura européia ao povo nativo do Brasil na época da colônia.
5º- A violência contra as crianças e adolescentes indígenas.
3º- link analisa IEPÉ- Instituto de Pesquisa e Formação em Educação Indígena que se encontra no site www.institutoiepe.org.br
Esse site tem como objetivo em contribuir para o fortalecimento cultural e político e para o desenvolvimento sustentável das comunidades indígenas que vivem no Amapá e norte do Pará, para que essas comunidades indígenas possam enfrentar as dificuldades de forma articulada os desafios que se colocam nos dias atuais nos interesses dos povos indígenas.
Ao levarmos esse assunto em sala de aula devemos orientar nossos alunos qual a finalidade desta ONG.
1º Abordar com os alunos a difusão cultural desses indígenas;
2º Qual a proposta curricular que esta sendo construída por esta ONG para fortalecer a cultura indígena nas escolas;
3º Incentivar os alunos a pesquisar sobre os materiais didáticos produzidos para as escolas indígenas;
4º Mostrar pela internet o perfil de professores a alunos em algumas escolas desta ONG;
5º A coleta de informações a respeito das condições da escola indígena.
Assim, a Constituição Federal que está em vigor hoje no Brasil feita em 1988, não mais entende que os índios são incapazes. Ainda existem leis e direitos especiais para os índios, mas não é porque eles são considerados inferiores, mas sim porque possuem outros modos de pensar, viver e trabalhar diferentes dos não-indios.
Abraços – José Olimpio.







Valdemir

POLÍTICAS INDÍGENAS

TEXTO DO ESCRIBA VALDEMIR MOTA DE MENEZES AO SEU AMIGO OLÍMPIO, NO FÓRUM DA UNIVERSIDADE, QUANDO FAZIA O CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA.






Parabéns Olímpio,



Gostei da explanação que você deu sobre os links da internet e a maneira como podemos fazer destes canais, ferramentas para incrementar a educação com respeito aos povos indígenas. Os três sites que vocês escolheu são mesmos focados para a questão indígena.



Sobre os índios a minha posição pessoal é que devemos dar as garantias para que as suas tradições e culturas sejam respeitadas e que seus direitos a terra e a liberdade não sejam violadas. Contudo, acho que os índios tem o direito a se relacionarem com outras culturas, com outras religiões, direito a acesso a internet. Índio não necessita ser isolados em reservas ambientais como animais ameaçados em extinção. Razões como esta me levam a não concordar plenamente com as políticas indígenas.

IMIGRAÇÃO NO BRASIL

O Escriba Valdemir Mota de Menezes deu aula sobre Imigração no Brasil, usando este texto da Wikipédia como referência.

9 ANO (7 AULA) IMIGRAÇÃO NO BRASIL

Imigração no Brasil

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Monumento Nacional ao Imigrante, em Caxias do Sul.
Um navio abarrotado de imigrantes italianos partindo para o Brasil.
A imigração no Brasil deixou fortes marcas na demografia, cultura e economia do país.

Em linhas gerais, considera-se que as pessoas que entraram no Brasil até 1822, ano da independência, foram colonizadores. A partir de então, as que entraram na nação independente foram imigrantes.

Antes de 1870, dificilmente o número de imigrantes excedia a duas ou três mil pessoas por ano. A imigração cresceu primeiro pressionada pelo fim do tráfico internacional de escravos para o Brasil, depois pela expansão da economia, principalmente no período das grandes plantações de café no estado de São Paulo.

Contando de 1872 (ano do primeiro censo) até o ano 2000, chegaram cerca de 6 milhões de imigrantes ao Brasil.

Desse modo, os movimentos imigratórios no Brasil podem ser divididos em seis etapas:

Ocupação inicial feita por povos nômades de origem asiática que povoaram o Continente Americano entre 10 e 12 mil anos, conhecidos como índios;[1]
Colonização, entre 1500 e 1822, feita praticamente só por portugueses e escravos provenientes da África sub-saariana;
Imigração de povoamento no Sul do Brasil, iniciada, em 1824, por imigrantes alemães e que continuou, depois de 1875, com imigrantes italianos;
Imigração como fonte de mão-de-obra para as fazendas de café na região de São Paulo, entre o final do século XIX e início do século XX, com um largo predomínio de italianos, portugueses, espanhóis e japoneses;
Imigração para os centros urbanos em crescimento com italianos, portugueses, espanhóis, japoneses e sírio-libaneses, além de várias outras nacionalidades;
Imigração mais recente, reduzida e de pouco impacto demográfico, iniciada na década de 1970.

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Após a abolição, em apenas dez anos (de 1890 a 1900) entraram no Brasil mais de 1,4 milhão de imigrantes, o dobro do número de entradas nos oitenta anos anteriores (1808-1888).

FONTE: http://www.brasilescola.com/brasil/imigracao-no-brasil.htm

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NO site abaixo apresento uma Lista de imigrantes que chegaram em Santos em 16/02/1895

http://www.imigrantesitalianos.com.br/NAVIO_AMERICA_RELACAO_DE_PASSAGEIROS.html




Vapor Italiano
"America"
Vapore (Piroscafo) America "
Procedência Italia
Desembarque em Santos 16/02/1895
Notação BS.RPV.Ent. 000050,no Arquivo Nacional
nº de folhas 20
folhas em branco(1v,2v,9v, 10v,19v)
Transcrito por Maria Izabel Bacci

"In memoriam di tutti miei antenati italiani e
degli passeggieri dello Piroscafo America...."
A listagem foi transcrita na ordem em que os nomes aparecem no documento ,portanto não estão em ordem alfabética. Tendo sido adquirida a cópia do documento original manuscrito,alguns nomes estão quase ilegíveis ou borrados e,por mim, foram assinalados (? ...)
(*)Família cujo registro foi encontrado também em pesquisa no Memorial do Imigrante de São Paulo.
Na "Hospedaria de Immigrantes" os imigrantes italianos foram registrados em 20/02/1895 ,os austríacos em 21/02/1895 ,alguns nomes foram registrados de maneira diferente e até mesmo "abrasileirados".Infelizmente,
dadas as inúmeras variações pelas quais os sobrenomes foram traduzidos,não é possível pesquisar a todos.
Leia-se:(CH)-chefe (F )filho ou filha (M) esposa
(Fl 1) Elenco degli Emigranti Austriaci che sbarcano a Santos - 16/02/1895 - famiglie 62 - (Teste 293)
(Fl 2) Italiani-Elenco degli emigranti diretti a Santos - famiglie 74 - (Teste 309)






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LISTA DOS IMIGRANTES
QUE DESEMBARCARAM NO PORTO DE SANTOS
EM 16/02/1895

Imigrantes Austríacos
(agricultori)
(Fl. 3)
Swçs Carlo 20/Paolo 18/Caterina 19/Nicolò 9/Gregorio 36/
Piorun Giuseppe 28/Francesco 20/Paolina 18/
Wisxniowshi Wawrik 32/Maria 24/Giovanni 4/Michele 1 e 1/2/
Oraez(?) Gregorio 37/Pelagia 32/Anna 5/Sofia 2/Nicolò 1mes/Anna 58/
Michajlow Simone 31/Tecla(?) 26/
Dynis Giovanni 42/Francesca 32/Giuseppe 10/ Maria 6 e 1/2/
Czuczmann(Lzuczmann?) Wasyl 5/Eva 36/Demko(?) 9/Hazrylow(?) 6/Giovanni 2/Rosalia 60/ Giovanni 33/
Panas Giovanni 39/
Pelagia 38 /Hrynko(?) 14/ Pstrania 9/Dosrog 6 1/2/
Pliszczak (?)Maddalena 40/Maria 14/Michele 2/Rosalia 8mesi/
Krutiak Stefano 45/Hapka 42/Michele 18/Andrea 15/Nicol0/ 13/Elia 10/Giustina 6 e 1/2/ Masimiliana 2/Malanka 19/
(Fl. 4)
Woloszyn Kosë 42/Malanka 33/Tecla 14/Nascza(?) 10/Giovanni 6 e 1/2/Nicolò 4/Kaszka 2 e ½
Kleiwicz Giuseppe 48/Anna 43/Giovanni 19/
Pzystupa (?)Basilio43/Phatina 42/Giustina 16/Marta 13/Alessandro 9/Lui 6/Fouka(?) 2/
Kowal Pietro 42/Anna 42/Giovanni 5/Filippina 18/
Somen (Semen(?) Nicolò 21/Alessandra 26/Andrea 2/
(Fl. 4v)
Czochor(?)Giovanni 37/Naszcka 34/Toszka(?)13/Elena 6/Eustachio 2/
Zuk Martino 46/Barbara 48/Giovanni 24//Hrynko 22/Francesco 20/Alessandra 18/Andrea 16/Wasyl 13/
Kulczycki Pietro 25/Anna 24/
Iwaszkow (?)Paolo 35 /Barbara 26/Antonio 9/Kosë 2/Anna 15/
Panahjba Wasyl 31/Otelia 29/
Petrysxyn (?)Stefano 36/Maria 35/Matrona 53/
(Fl. 5)
Muszynski Andrea 37/Anna 37/ Nicolò 13/Zaccaria 9/Daniela 7/Parascevia (?)2/
Kuzma Pietro 38/Marta 28/Giovanni 6 e 1/2//Panjko 2/Giovanni 15/
Wichtia Myron 26/Elena 28/Giovanni 1/Romano 24/Paolina 22/
Luschnik Pietro 46/Anna 47/Giuseppe 22/Giovanni 20/Maria 17/Margherita 14/Carlo 6 e 1/2/
Andzuzyszyn (?) Isidoro 26/Maria 24/Iulka 15/
(Fl. 5 v)
Marega Antonio23/Teresa 22/Giovanni 9/
Colautti Antonio 27/Luigia 26/Stefano 20/
Blason GBatta 37/Maria 38/Maria 10/
Paterno Angolo 42/Giovanni 12/Antonio 10/Caterina 30/Angolo 2/
Gregorat Luigi 26/Maria 21/
Aiza Domenico 54 /Teresa 53/Luigi 25/Lucia 13/GBatta 45/Scochi Angelo 28/Luigia 21
(Fl. 6)
Giacomo 26/Giacomo28/Giuseppe21/
Pizzignar (Pizzignac( ?)Giovanni 29/Anna 28/Antonia 7/Angelo 6/Giuseppe 4/Maria 2/
Bruncka (?) Francesco 31/Rosa 28/Anna 4 /
Mikulasch Francesco 49/Rodolfo 20/Leopoldo 18/Luigi 16 /
Kopec Danylo 51/Paranka 45/Giacomo 24/Giorgio 22/Hylko 18/
Kop Giuseppe 36/Elisabeta 33/Marco 31/Gasparo 29/
(Fl. 6V)
Skascdovnik (?)Raymondo 31/Giuliana 19/
Boigot (?)Francesco 46/Giovanni 24/Andrea 20/Giuseppe 13/
Tomanni Andrea 61/Lorenzo 32/Quirino 28 /
Tomanni Rocco 36/Amalia 22/Maria 1/
Carlini Emilio 25/Emilia 18/
Carlini Massimo 36/Angela 34/Maria 14/Quirino 12/Angelina 9/Rosa 7/Clementina 4/Orsola 2/Fortunata 1/
(Fl. 7)
Csser (?) Emanuele 54/Angela 50/Enrica 20/Fortunata 18/Alessio 17/Valentino 24/Seber(?)Daniele 28( masculino)/Libera 26/Egidio 7/Anna 3/
Bartoszko Pietro 40/Nastuniia (Nastussia(?)28/Andrea 20/Anna 22/Giovanni 15/Paolina 9/Giovanni 42/
Romanyszgn (?) Michele 45/Ruska 46/Giovanni 23/Massimiliano 21/Antonio 19/Andrea 17/Maria 16/Giovanni 42/
(Fl. 7v)
Kulczycki Giovanni 51/Anna 50/Antonio 26/Andrea 24/Maria 20/Wasyl 17/Nicolò 42/
Magsil (Alagsil?) Timoteo 40/Parasceavia(?)35/Basilio 12/Calczsna 7/Taziana 3/
Czajkososki Giovanni 46/Solomoa 43/Luigi 25/Erminio 22/Giovanni 16/Wasyl 13/Maria 10/Michele 9/Nastunia 4/Stefanis 1/Augusto 32/
Bassyj Pietro 32/Eudocca 34/Gregorio 7/ Daniele 5/Pietro 2/Basilio 10 mesi/ Catarina 14/
(Fl. 8)
Bossyj Elia 29/Maria 36/Anna 3/Basilio 1/
Procyk Romano 49/Parascavia 42/Matteo 19/Carlo 17/Anna 13/Maria 9/Elena1/
Bezruczka Andrea 40/Anna 38/
Magicrowski Paolo 38/Parascemia 36/Marta 10/Teodoro 5/Basilio 2/Pietra 32/
(Fl. 8v)
Dojko(?) Nicolò 29/Sofia 21/Giovanni 1/
Szpysk(?) Danilio 37/Maria 40/Giovanni 16/Catarina 12/Michele 10/Maleszka 9/Stefano 6/Demetrio (?) 10/12/
Fedak Giovanni 32/Maddalena 22/
Coso(Cojo?) Antonio 26/Phatina 25/Michele 2/
Cöp Gioachino 24/Taziana 28/Maria 8/Michele 6/Giovanni 1/
Nazarkiewicz(?) Wasyl 22/Maria 23/
(Fl. 9)
A bordo 16 Febbrayao 1895 - Il Commissario e Il Comandante del Piroscafo (P. Porcell) Assinaturas do Comissário e do Comandante

(Fl. 10) "Elenco dei passagieri diretti a Santos (teste 188)

(* )"Hospedaria de Immigrantes" 21/02/1895 / Panas Dora (F)Joan(CH)Paska (M) Petrona(F)Rinkã(F) Coval Anna(M) João (F) Pietro(ch) Felipe(F) Cusma Juan(F) João (F) Martha (M) Nicola Petrã(CH)Tanko (F)// Marega Antonio(CH) Grovenio(irmão) Theresa (M)//Fedak Jan(CH) Magda (M)
LISTA DOS IMIGRANTES ITALIANOS

Observação; logo após a idade foi transcrita a profissão especificada no documento.
Dos demais a profissão era "contadino".
(Fl. 11)
Agostini Cio(?) 18,operaio/
Bernardi Luigi 39,villico/
Bansi Giovanni 26,villico/
Bertoletti Francesco 17,villico/
Bonfà Angelo 24,villico/
Bernardi Pietro 31,villico/
Cogo Federico 33,cuoco (cozinheiro),
Colombini Luigi 23/
Colombini Alberto 32/
Carraro Eugenio 21/
Campele Teodoro 29(riscado)
Combi Giovanni 25, fabbro/
Carraro Antonio 33/
Della Santino Selvio;17/
De Lucakz(?) Pio 24/
Della Marchina Sebastiano 32,bracciante/
Di Pietro Filippo 36,agricoltore,/moglie Maria 36/
Della Betta Bonifacio 22/
Gergoletti Antonio 40, interprete,austríaco,moglie Maria,26/
Gallo Giovanni 39/
Ghirardi Pan...(?) 21/
Guaggia Piovanni 21/
Gallarotti Gaetano 33, lattersiene/
Ganzerla Girolamo 50,villico,/
Giassi(Giani?)Enrico 22,villico/
Giachelin Giacomo 25,villico/
Gaio Natale 24 ,villico/
Marzscato(?) Alfonso 25,villico/
(Fl. 11 V)
Micheloni GBatta 20/
Ortolani Cesare 26,operaio/
Pagliaro Nblesse(Alisse?)20,/
Pallavicini Pier Angelo(?) 22,telegrafista,/
Pasquinelli(?)Alfredo 17,agricultore/
Rampini Domenico 40,bracciante/
Schiavoni Vittorio27,bracciante/
Schlosser,Augusto,34,scrivano/
Tarelli Ettore 24, bracciante/
Tramonti Domenico 32/fornaciaro/moglie Anna 29,casalinga/
Tacchi Carlo 16,possidente/
Toscana Bartolomeo 30/
Di Iorio Antonio 23/
Zumarato Antonio 48/
Zanetti Camillo 29
Zannoni Giovanni 35,industriante/
Astorino Francesco 22/
Albini Lorenzo 41/
Bonchi Vito 52/
Broccoli Domenico 32/
Bellisario Francesco 44/
Berardinelli Giuseppe 42/
Civitarese Alessandro 23/fratello Vito 20/
Cesarini Antonio 29/
Coccia Carmine42/
Scimine(?)Francesco(?)21/moglie Sanseverina 23/figlio di menore- 9 meses/

(Fl. 12)
Cristofaro Pietro 27/
Casaburi Mariantonio43/figli Iosegiulerno(?) 13/Andrea 1/Raffaele 9/
Cicchese Antonio 46/
Ciolfi Michele 44/
Caiazzo Francesco 22/
Ciarlo Filippo 32/
Cichelli Michele 39/
Carrozza Angelo 39/Matteo 36/
Desantis Francesco 29/moglie Francesca 21/
Di Fresco Florindo 27/Giuseppe 27/ Antonio 27/
Di Alfonso Antonio 45/
Di Gioia Francesco(?) 34/
Di Paolo Giuseppe 47/
Di Rado Nicola 25/
D'Andrea Michelangelo 51/
Di Santo Camillo 29/Antonio 26/Nicola 29/Giuseppe 42/ figlioVicenzo 8/
figlialtra Genovese(?)Pietro 13/
Di Toro Ismaele 29/
D'Alfonso Epifania 22/

(Fl. 12v)
De Virgilis Donato 58/
Dragani Donato 22/
Di Francesco Nicola 26/
Di Alessandro Benadetto 35/
Drago Ercole 35,orologiaio/
Di Vitis Pietrantonio 33/
Di Ienno (?)Salvatore 26/minorenne
D'Angelo Nicola 17/
Della Penna(?) Carmine 15/
Di Marco Alfonso 52/
Del Pizzo Antonio 35/minorenne
Pellegrino Carmine 16/
D'Achille Adamo 50/ figlio Flaviano 17/Giustino 12/
D'Innocenzo Antonio 51 figlio Pietro 23/Nicolà(15) minorenne Sposito(15)/
Del Pizzo Giovanni 51/figlio Domenico 12/Antonio 40/
Di Menna Antonio 24/
De Cesare Antonio 25/Mannco(?)17/
Donato Vincenzo 64/
De Santis Vincenzo 7/
Di Prizio Giacomo 29/
Di Rocco Nunziato 34/
Fallone Rafaelle 43/(Fl 13)Biagio 33/
Finizio Vincenzo 46/
Falcone Carmine 22/
Fadanza Salvatore 23/
Giegliette Giuseppe 43/
Guerrera Orazio(?) 29/
Finamore Giovanni 40/minirenne
D'Aebillo Casmi(?)18/
Lioce Michele 31/
Lorefice(?) Domenico(?)54/
La Tito (?) Tommaso 28/
Messore Carmine 24/
Mastradomenica Are(ang...(?)32 (sexo feminino)/figli: Concetta 12/Mariantonia 1/Alfonsina 5/Angelina 3/Luigi 1/
Mattiolli Antonio 46/
Micaletti Camillo 56/
Mammarella Domenico 26/
Manzoni Camillo 26/
Carozza Antonio 34/
Martelli Emilio 32/
Morelli Nicola 21/
Nardone Michele 22/Pasquale 43/
Odorisio Pietro 26/Enrico 28/Carminantonio 31/ minorenne Odorisio Beniamino16/

(Fl.13v)
Puglieli Luigi 36/moglie
Di...Giulia 29/figlio Alfredo 4/
Pomeca Giovanni Antonio 55/
Paolecchia Nicolò 29/
Pilla Francesco 45/ minorenne Pettro Lorenzo 16/
Palmieri GBatta 44/
Porreca Domenico 29,musicante/Antonio 30/
Palazzo Rosa 50/
Pizzi GBatta 44/
Perciasepe Francesco 44/
Racchi Salvatore 21/ Donato 31/
Ronsini Michelangelo 62/figlio Giacobbe 14/Antonio 24,sacerdote/
Ruggiero Giuseppe 42/
Scaravaglione Carmine 22/moglie R...Carmine 24/
Santangelo Giuseppe 21/ Francesco 59/
Sccoi (Scioi..?) Angelo 24/
Ti..(?) Nicola 24/ Domenica 39/
Ver (i)? Angelo 12/
D'Alessandro(?) ..18/
Ruggero...(?)/

(Fl. 14)
Spinato Donato 51/moglie Iosefa 45/figlia Carlotta 19/Amalia 15/Carlo 23/
Ceccotti Natalle 73/moglie Caterina 6o/ figlio Gio Batta 25/Luigi 32/nuora Anna 21/nipote(neta) Carminia.2/
Cappelina Marco(?)22/ Giudita/
Titot Giovanni (64?) moglie Maria (?) 42/figlioGiovanni 9/Disolina 6/Germanno(?) 6/
Mason Leonardo 44/moglie Luigia 16/figlia Vero...16/Antonio 13/Agostino 12/
Dal-Tizzo(Pizzo?) Giacomino 41/figlio Angelo 18/Yacinto 13/
Maculan Adolfo 47/moglie Amabile(46) 46/figlio Angelino 17/Veraminnia..(?)15/ figlia Iosea(?)11/Fortunati 9/Luisino (?) 7/

(Fl. 14 V)
Maculan Massimiliano 32/moglie Elisabeta 28/figlio Antonio 5/Ettore 4/Gsio(?) 10 e 6 mesi/
Perrot Osorio 43/moglie Iosefa 40/figlio Pietro 16/Deusia (?)/Santé 15/Roza 11/Beatrice 6/ Luigia 4/Giuseppe 2 e 6 mesi/suocero(sogro) Angelo 65/ suocera (sogra)Maria ¨66/
Glaino Calistino(?)31/moglie Angela 28/figlio Ermenegildo(?) 7/Oliva 3(morta il 10 febbraio 95)/Giuseppe 4 e 6 mesi/
Sansonato Giuseppe 43/moglie Angela 40/figli :Giovanna 16/Vincenzo 14/Germanno11/Angela 9/Maria 5/Luigi 3/Francesco 2/Elizabetta 3/

(Fl. 15)
Dal Sasso Carlo 25/
Striches Carlo 14/
Fessari (Tessasi ou Tessari?) GBatta 28/moglie Domenica 19/
Pardon Giovanni 15/fratello (irmão) Pietro 14/
De-Osti Regina 30/figlia Maddalena 5/ Maria 3/
Anzanello Giuseppe 26/moglie Anna 20/
Gastaldi Davide 47/moglie Antonia 96(?)
Farina Massimigliano(?) 36/moglie Clementina 32/
Cavazzano Stefano 36/moglie Adele 34(?)/ figlia Demetria 10/Giuditta 9/Giuseppe 5/Giovanni 3/Luigi 1/
Montanari Carlo 29/moglie Virginnia 28/Alci..(?)6/
Scardellaro Pietro(?) 26/

(Fl. 15 V)
Guizzini Gandoffo(?)53/moglie Annunziatta 51/Laura(?)19//Alessandro(?) 9/Giovanni 17/Alberto 43(?)
Lucckesi Giuseffe(?) 29/moglie Antonnietta 36/ figlio Angelo 2/
Innocenti Egidio(51) moglie Palmira(?) 40/figlio Goffredo 17/
Bezzan Antonio 54/moglie Giuseffina 50/figlio Andrea(?)17/ Giovanni Maria(?) 14/Annibale 7/Felice 22/
Del Vecchio Antonio 32/moglie Luigia 28/figlio Ermenegidio 5/Caterina 4/
Mian Sebasttiano 42/moglie Maria 42/figlia Maria 14/Alessandro(?) 7/
Innocente Pilade 31/ Rozalia 27/Emma 8/ Giulio 2/

(Fl. 16)
Molinari Giuseffe 49/moglie Maria 42/figlio Ermenegidio 16/Angelina 13/Giuseffe 11/Roza 8/Luigi 1/Caterina 6/cognato(cunhado) Luigi 26/
Flacci (Ilacci?) Pietro 42/moglie Antonia 41/figlio Angelo19/Giuseffe 16/Giovanni 19/Maria 10/
Spada Giovanni 49/Maria 35/figlia Elena 12/Vittorio 4/Inez 1 e 2 mesi/ /
Paganucci (Taganucci?) Agellino(?)42/figlio Nicola(?)..15/
Catelli Narcizo 23/moglie Palmerina(?) 18/fratello Aldino(?) 18/
Galli Giorgio 64/ Amadeo 21/Adolfo 22/Giorgio Emiliano(?)28/

(FL. 16 V)
Martinelli Alonso(?) 25/Argine 20/
Del -Papa Eugenio 28/moglie Margherita 26/ figlio Carlo 8/fratello Francesco 29/
Ramacciotti Rafaele(?)29/moglie Edda(?)...42/
Soderi Aurelio(?) 19/moglieOrlanda 19/
Maschi Isidoro(?) 33/moglie Luigia 30/figlia Celedde(?) 7/Maria 4/(?)...2/madre Giovanna 66/
Leardi Giuseffe 32/moglie ...21/figlia Angenela (?)5/Cristina 3/Luigia 1/
Castagna Amatteo 58. /moglie Padqua (?) 39/figlio Giulio 16/Albina 13/Adele 9/.Francesco 4/
Giannini Narcizo (?)43/moglie .Canitia 32/figlia Barbara 12/figlia Filomena 6/

(Fl. 17)
Salfati Arturo28/moglie Daria (?) 19/cognato Luigi 30/
Manfredini Pietro 40/moglie Maria 28/figlio Lorenzo 6/Anna 8/
Roman Luigi 65/moglie Giovanna 52/figlio Giuseffe 26/Gio Batta.21/Maria 10/
Battistella Domenico 70/moglie Maria 66/figlio Andrea 39/ Anna 26/
Ongaro nuora...35/nipote (neta) Giovanna 3/Roza 1/
Visentin Luigi 22/moglie Assunta(?) 18/sorella (irmã) Antonia 18/ Luigia 16/
Vercelli Adamo 60/nuora Ammellia 29/ figlio Adamo 3 e 6 mesi/
Marcon Luigi 34/moglie Antonia 32/figlio Antonio 6/ Maria 4/Roza 1/cognato Luigi 28/

(Fl. 17V)
Saroglia Domenico 33/ moglie Adelaide 34/figlia Giuseffina 11/Giovanni 28/ moglieTereza (?) 23/
Bilot Angelo 36/moglie Maria 31/Engelberto 1/Maria 21/
Cirelli Luigi 39/moglie Regina 36/madre Clara 64/fratello Pietro 26/figlia Tereza 8/Sante 3/Virginia 1/
Duca Egidio 23/moglie Albina /
Cirelli(?) Giovanni 32/moglie Santa 31/figlio Gio Batta 5/
Guido 2/
Beltrame Giovanni 43/moglie Santa 37/figlio Francesco 9/
Fomis (Comis?) Matteo 28/ moglie Virginia 23/figlio Giovanni1/

(Fl. 18)
Berzano Carlo 52/moglie Tereza 50/figlio Pietro 17/Tereza 10/Vincenza 7/nipote Paolo 10/
Chinello Vespaziano 42/moglie Santa /figlia Appolonia 16/Clementina 12/Olivo 10/Maria 6/Regina 2/Orosório(?) 2 e 6 mesi/Giustina 1/
Busil Giorgio 27/moglie Tereza 19/
Ricler(Ricles ?) Enrico 22/moglie Maria 22/
Baliano Ferdinando 36/moglie Tereza 39/
Ceciliato Domenico 33/Padania(?)..29/figlia Emilia 4/Umberto 5/...2/sogro ...58/sogra Maria 51/Umberto 5/ cognata Florinda 42/

(Fl. 18)
Bassi Angelo 24/ moglie Marietta 24/figlio Bruno 4/ figlia Severina 6 mesi/
Vecchiati Primo 28/moglie Maria 22/
Zampalini Filippo 30/moglie Roza 27/figli: Natalina 5/Efio (Esio?)2/Luigia 6 e 6 mesi/madre Maria 70/
Benetti Pasquale 40/moglie Kena(?)27/madre Afontina (?) convivente Arturo 16/
Panigada Hermirio(? )37/moglie Carolina(?) 39/Iosefina 15/Egisto(?)11/Giovanna 8/Giuseppe 6/Romilda 4/...9/
Franceschetti Giacomo 68/moglie Eugenia(?)39/figlia Germana 9/figli Rodolfo 6/
Moretti Luigi 30/ moglie Giovanna 29/figlia Dosolina(?)3 e 6mesi/

(Fl. 19)
Lodi Giuseppe 93(?)Eosefa(?)49/figlia Silla 24/
Nosella Geovanni(?) 30figlio Arturo 9/Raimundo 5/ Guglielmo1/

(Fl. 20)
De Felice Vincenzo 16/
Perugine Simone 12/ Seduttpietro..13(riscado)
Rubo Domenico 15/
Bertolini Giovanni 66/
Pizzichilo Antonio 42/
Gentile Antonio 34/
D'Izbano ( ?)Salvatore 19/

(*) Hospedaria de Immigrantes - 20/02/1895: Maschi Celeste(F) Ezidoro(ch) Giovane(mãe) Luiza (M) Maria(F) Rosa(F)//Castagna Pasqua(M) Julio(F) Albino(F) Adeus(F) Francisco(F) Amadeo (CH) Saroglia Giovanni(CH) Thereza(M) Saroglia Aveloriche(M) Domenico(CH) Giuseppe(F) Del Papa Dauzano(CH) Margarita (M)



EXERCÍCIO:

Considerando a influência destes novos grupos étnicos na formação do povo brasileiro, proponho a seguinte tarefa:

Apresente uma lista de vinte nomes ou sobrenomes de cada nacionalidade abaixo:

Italianos:

Espanhois

Alemães:

Japoneses:

Sírio-Libaneses: