segunda-feira, 7 de maio de 2012

XAVANTES

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Xavante





População total

9.600



Regiões com população significativa

Mato Grosso

Línguas

xavante (aquém)

Religiões





Os xavante são um grupo indígena que habita o leste do estado brasileiro do Mato Grosso, mais precisamente nas reservas indígenas de Areões, Marechal Rondon, Parabubure, Pimentel Barbosa, São Marcos, Áreas Indígenas Areões I, Areões II, Maraiwatsede, Sangradouro/Volta Grande, Terras Indígenas Chão Preto, Ubawawe, bem como o Noroeste de Goiás, nas Colônias Indígenas Carretão I e Carretão II.



Atualmente, sua população é composta de 10 mil pessoas[1] e está crescendo. Sua língua é o aquem do tronco linguístico macro-jê e tinham como atividade predominante, até a segunda metade do século XX, a caça, a pesca e a coleta de frutos e palmeiras.



Se autodenominam A'wê Uptabi, que quer dizer "gente verdadeira".[2] Pintam-se com jenipapo, carvão e urucum, tiram as sobrancelhas e os cílios, usam cordinhas nos pulsos e pernas e a gravata cerimonial de algodão. O corte de cabelo e os adornos e pinturas são marcadores de diferença dos xavante em relação aos outros, transmitida através dos cantos pelos ancestrais e partilhados com todo o povo da aldeia.



Índice [esconder]

1 História

2 Distribuição

3 Tradições e rituais

4 Referências

5 Ver também





[editar] HistóriaHouve tentativas de integração com a sociedade nacional em meados do século XIX, mas optaram por distanciar-se, migrando entre 1830 e 1860 em direção ao atual estado do Mato Grosso, onde viveram sem serem intensivamente assediados até a década de 1930.



Na década de 1990, os xavante tiveram várias experiências novas com os "estrangeiros", como um intercâmbio realizado com a Alemanha, a implementação de um projeto de educação bilíngue e uma parceria musical com a banda de rock Sepultura em seu álbum Roots.



[editar] DistribuiçãoA região onde vivem hoje tem grande rede hidrográfica formada pelas bacias dos afluentes dos rios Kuluene e Xingu e das Mortes e Araguaia. É dessa região de floresta tropical, mato e savana, com árvores baixas e altas, que os índios retiram o alimento e os materiais para seus artesanatos, armas, instrumentos musicais e as ocas, dispostas em forma circular. Ali também buscam caças, frutos, palmeiras e pescados.



Devido à atual ocupação da região pelas culturas da soja e do gado, bem como outras monoculturas agrícolas, o uso de pesticidas e a diminuição das matas, seu modo de vida ligado à caça e à coleta tem mudado bastante. Muitas vezes a "caça" e a "coleta" são deslocadas da mata para as cidades vizinhas, aonde vão adquirir alimento e coisas dos "estrangeiros".



Na literatura antropológica, os xavante são conhecidos principalmente por sua organização social de tipo dualista, ou seja, trata-se de uma sociedade em que a vida e o pensamento de seus membros estão constantemente permeados por um princípio dual, que organiza sua percepção do mundo, da natureza, da sociedade e do próprio cosmos como estando permanentemente divididos em metades opostas e complementares.



[editar] Tradições e rituaisSua tradição tem uma maneira própria de ser transmitida e transformada, através de relatos, rituais e ensinamentos. A escrita é uma necessidade para qual o povo Xavante se adaptou, com o intuito de reivindicar seu espaço na sociedade nacional e internacional.



Os xavante têm uma organização supostamente dualista e essa percepção da vida como um todo divide tudo permanentemente em metades opostas e complementares, mas há outras formas de divisão coletiva e organização das relações como em trios ou quartetos. Esta é a chave da cultura dos xavante.



Entre suas práticas esportivas estão a "corrida de tora de buriti", denominada de uiwede, uma corrida de revezamento em que duas equipes de gerações diferentes correm cerca de 8 km, passando um tora de palmeira de buriti de cerca de 80 kg de um ombro para o outro até chegarem ao pátio da aldeia.



Desde pequenos os meninos formam grupos de idade semelhante. Quando chega o tempo certo, os mais velhos decidem a entrada no Hö (casa tradicional, especialmente construída numa das extremidades do semicírculo da aldeia, para a reclusão dos wapté durante o período de iniciação para a fase adulta), onde os meninos vão viver reclusos, por cinco anos, até o momento de casar com uma moça escolhida para ele. Antes dos meninos entrarem para o Hö, acontece a cerimônia do Oi'o, em que os meninos demonstram sua coragem, seus medos, sua fraquezas através da luta entre eles.



O ritual de furo de orelha acontece na passagem da adolescência para a vida adulta. Todo menino Xavante, de 10 a 18 anos, passa por um período de reclusão de cinco anos na casa dos solteiros, onde o jovem permanece sem contato com a tribo. Nesse período o jovem fica todo o tempo em uma casa, chamada Hö, onde tem contato apenas com os padrinhos. Ele só deixa a casa para rituais e para atividades fora da aldeia, como caça e pesca.



Após os cinco anos acontece na aldeia uma festa, chamada Danhono, onde a orelha dos jovens é furada com um osso de onça parda. Após o ritual os jovens passam a ser considerados adultos e voltam ao convívio social com a tribo.



Para os xavante, não existe contradição entre absorver elementos "estrangeiros" (como roupas, relógio, comida) e manter viva sua tradição.



Referências1.↑ SIL International. xavante. Visitado em 24 de maio de 2009.

2.↑ OLIVEIRA, Alexandra S.; CHAN, Fernanda Lopes; DECOENE, Yúlica O. Xavante: nossa história. Visitado em 24 de maio de 2009.

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